06 - Magoada

Já havia desejado bom show pros meninos e passado á eles todas as dicas possíveis, voltei pro camarote acompanhado de meus pais e alguns amigos e familiares, minha irmã decidiu ficar por lá acalmando todos.

Marquinhos: - Óia quem chegou Luanzera! – riu batendo em meu ombro – Rapaiz! A muié ta top viu!

Olhei na direção que ele também me olhava e instantaneamente reconheci Duda e seu pai que cumprimentava um pessoal de uma rodinha, certamente conhecido deles. Ela estava linda, e muito provocante por sinal com aquele vestido. Nem parecia aquela menininha que eu cheguei a namorar.

Ela veio tímida em nossa direção, já o pai foi logo abraçando o meu e cumprimentando á todos. Ela sempre recatada sorriu tímida cumprimentando minha mãe algumas das minhas primas que ela reconheceu, percebi ela ficar sem graça com o olhar meu e dos meus amigos sobre ela então cutuquei eles disfarçadamente, estávamos babando!

Eduarda: - Oi, tudo bom? – disse tímida beijando meu rosto

Luan: - Melhor agora e você? – sorri de canto

Eduarda: - Tudo bem também

Luan: - Bom, deixa eu te apresentar essa galera aqui, alguns você já conhece né? – ri de leve e a apresentei um por um

Duda cumprimentou meus amigos e ficou surpresa com a mudança de alguns, ela estava tímida, parecia desconfortável e aquele jeitinho de menina mulher dela me encantou, porém ainda sem graça logo ela se distanciou do meu grupo de amigos, foi até o pai, disse algo á ele e saiu rumo ao bar. Ela estava realmente um baita mulherão!

Pedro: - Boa noite Luan! – disse me dando um aperto de mão

Luan: - Boa Noite seu Pedro! Tudo bem?

Pedro: - Tudo ótimo. Obrigado pelo convite viu?

Luan: - Ah que isso! Tava com saudades de vocês – sorri

Pedro: - Da Duda também? – riu e o olhei espantado, sem graça – Brincadeira Luan!

Luan: - Que isso seu Pedro, a Duda ta linda! O namorado não tem ciúmes não? – joguei verde

Pedro: - Namorado? Depois que você foi embora a Duda não namorou mais. Teve alguns relacionamentos rápidos, mas é difícil ela encontrar alguém que aceite ela e o filho – disse pensativo

Luan: - Hoje em dia é complicado... Mas é lindo o filho dela – sorri bobo lembrando do garotinho – Quantos anos ele tem? – perguntei curioso, afinal, no fundo meu ego estava ferido depois de perceber que mal fui embora e Eduarda engravidou de um canalha qualquer que á deixou na mão

Antes que seu Pedro me respondesse Duda surgiu atrás dele o entregando um copo enquanto bebia outro, certamente algo alcoólico.

*Duda Narrando

Aos poucos fui me soltando, porém não com Luan e nem com a família dele, me sentia extremamente desconfortável na presença deles. Talvez pelo fato de eu os omitir algo tão importante. Passei boa parte do show conversando com Jenyffer, uma das primas de Luan á qual eu sempre me dei bem, e me senti mais a vontade com ela pelo fato dela não ser muito ligada com Luan, Amarildo, Marizete ou Bruna que impressão minha ou não me encarava insatisfeita.

O show já estava provavelmente pela metade, estava na grade do camarote, porém o mais afastada possível de Luan. Jeny foi ao banheiro e eu decidi ficar ali, meus saltos já me matavam! Minha atenção estava toda voltada a dupla que repetia a gravação de uma música quando levei um baita susto com a mão de Luan sobre meu ombro.

Luan: - Desculpa, não queria te assustar – disse em meu ouvido por conta do som auto

Duda: - Que nada, tudo bem. – sorri desconfortável

Luan: - Trouxe pra você, percebi que a sua bebida acabou – me estendeu o copo e eu sorri pequeno

Duda: - Obrigado, mas não precisava.

Luan: - Já disse que você ta mais linda ainda do que a ultima vez que te vi? – sussurrou rente ao meu ouvido e eu tentei me afastar sem graça

Duda: - Obrigado Luan – desviei dele olhando pro show novamente

Luan: - Sério, você ta muito linda! – puxou meu queixo me fazendo olhá-lo e percebi seus olhos caminharem para a minha boca. Paralisei. Nunca imaginei estar tão próxima assim dele novamente – Posso? – sussurrou se aproximando da minha boca e por fim cai na realidade

Duda: - Não Luan! – ma afastei – Desculpa, mas não dá! Eu vou ao banheiro. – disse rápida deixando ele ali com cara de tacho e andando a passos rápidos

Não sei o que ele tinha, não posso dizer que estou loucamente apaixonada outra vez, porém não posso dizer também que não estremeci com sua proximidade. Claro, aliás, o que vivemos foi forte demais, tanto que me gerou a coisa mais importante da minha vida!

- Duda? – ouvi uma voz masculina chamar-me, e ao me virar deparei-me com Yuri, um grande amigo de faculdade.

Duda: - Yuri! – o abracei – Tudo bom?

Yuri: - Tudo ótimo! – sorriu – E você, cada dia mais linda ein? – me fez dar uma voltinha

Duda: - Você que ta! – ri o olhando, Yuri realmente era lindo. Corpo malhado com uma tatuagem no braço, cabelos negros impecável e corpo moreno claro alto, sem contar seu sorriso branquíssimo lindo. Muitas das minhas colegas de faculdade babavam nele!

Yuri: - Vestido curto ein dona? Seu Pedro não vai gostar nada! – riu

Duda: - Ele ta comigo. – ri

Yuri: - Onde você ia?

Duda: - Lugar algum, sair do aglomerado da grade – dei de ombros

Yuri: - Saimos dos nosso lugares pelos mesmos motivos na hora certa ein Duda? – sorriu se aproximando – Será destino? – sussurrou em meu ouvido e eu fiquei completamente sem graça, nunca me passou pela cabeça ser cantada por ele

Duda: - Será? – entrei no jogo rindo

Yuri: - Posso te confessar uma coisa? – disse em meu ouvido – Sempre fui louco pra ficar com você!

Antes que eu pudesse reagir Yuri puxou-me pela cintura e colocou sua outra mão em minha nuca me puxando para um beijo. Não resisti, não tinha nada com ninguém, era solteira assim como ele, sem contar que ele é lindo e tem um beijo até bom. Encerramos o beijo quando não tínhamos mais fôlego e ele me roubou um selinho.

Duda: - Eu tenho que voltar pra onde meu pai ta. Bom show pra você – beijei sua bochecha e ele segurou meu pulso

Yuri: - Ei, calma. Só mais um beijo

Outra vez ele me puxou para um beijo, dessa vez mais rápido e logo nos despedimos. Voltei para onde meu pai estava normalmente, afinal, foi só uma ficada, ele conversava com Amarildo então fui mais para o canto em um lugar mais vazio, até ser surpreendida com a presença de Bruna, irmã de Luan.

Bruna: - Eduarda, só vim te falar uma vez, fica longe do meu irmão! – disse do nada e eu arregalei os olhos

Duda: - O que? Ta louca Bruna? O meu tempo e do seu irmão passou. Não sei por que esta me dizendo isso – falei sem entender

Bruna: - Eduarda, sempre te admirei muito, gostava de você, mas depois do que fiquei sabendo e de hoje, você perdeu completamente meu respeito. Não é mulher o suficiente para estar ao lado do Luan!

Duda: - Você ta louca garota? Primeiro que o que eu faço com seu respeito? Nada, então pouco me importa se tenho ele ou não! – rebati irritada – E segundo quem é você pra dizer se eu sou suficiente ou não? Eu não quero absolutamente NADA do seu irmão ao não ser distancia, e se eu quisesse, te garanto que ele não ia ter a mesma opinião que você! – tentei dar as costas porem ela segurou meu braço firme, suas unhas marcavam em minha pele clara

Bruna: - Eu acabei de ver o que você fez garota! Estava no maior papo com meu irmão, quase se beijando e em menos de três minutos que saiu já ficou com outro cara! Isso é coisa de vagabunda sabia? – disse e á olhei extremamente raivosa, tentei me desvencilhar dela, porém ela me segurava firme – E está bem claro isso que é isso que você é, mal esperou meu irmão sair da cidade que foi pra cama com um qualquer que te deixou na mão. Certamente por saber o tipo de pessoa que você é – disse me olhando com desdém, e de forma involuntária lagrimas de magoa e raiva inundaram meus olhos

Duda: - Você não sabe metade das coisas que esta me dizendo garota! Não passa de um menina que por que ficou rica se acha a dona do mundo!

Bruna: -Não sei o que estou falando? – riu – É o que você deixa transparecer. É o que meu irmão acha, que você não passa da uma vagaba! Fica longe dele! – vociferou entre dentes – Não vou ver meu irmão sofrer novamente por um tipinho de mulher feito você.

Respirei fundo segurando minhas lágrimas e dessa vez me desvencilhei de sua mão, dei as costas á ela e sai a passos rápidos. Eu definitivamente não merecia ouvir isso. Ser chamada de vagabunda? Logo eu que sacrifiquei minha adolescência para não estragar os sonhos do irmão dele que acabo de descobrir que pensa o mesmo de mim? Por que diabos essa família teve que reaparecer, por que voltar a tocarem em uma ferida que eu ate então achava que estava cicatrizada?

Apenas mandei uma mensagem pro meu pai dizendo que precisei ir embora, peguei um táxi e fui rápido pra casa enquanto sentia lagrimas de magoa, culpa e dor escorrerem por meu rosto e no fundo eu sabia, esse sentimento só iria se acabar quando enfim um dia eu tomar coragem de contar toda verdade. Mas depois de hoje, de ouvir aquilo tudo de Bruna, pelo resto de dignidade que me resta eu jamais me aproximarei daquela família Santana, e muito menos deixarem meu pequeno ter contato com eles!


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Uiiiii, as coisas esquentaram ein? E agora, será que essa "DR" vai ficar por isso mesmo? Duda vai cumprir sua promessa de não deixar Arthur se aproximar?

Comentários dos capítulos de ontem respondidos ;D Vcs são incríveis *-*