45 - Amor Covarde

Arthur: - Acordou mamãe? - disse animado ao ver Luan focado em mim

Duda: - Acordei meu bem! - sorri torto, Arthur veio até mim e ganhei um beijo na bochecha, olhei pra Luan que nos encarava sem jeito

Arthur: - Ela dormiu chorando! - contou pra Luan enquanto me fazia carinho, fiquei sem graça, completamente sem coragem de olhar Luan.

Luan: - Mas agora pode ir dormir que ta tarde, deixa que eu cuido dela! - sentou-se na beira da cama, olhei surpresa pra Luan que tinha um sorriso no rosto

Arthur: - Posso dormir com vocês? - fez cara de cachorro sem dono e Luan riu

Luan: - Pode! Ó, trata de dormir que ta tarde, vou tomar um banho! - Luan veio até Arthur e beijou sua testa, olhou-me rápido e pegando algo em sua mala entrou no banheiro que tinha no quarto fechando a porta

Respirei fundo. Não sabia se ele veio aqui com a intenção de a gente se acertar, e se foi com certeza não faria isso hoje já que Arthur dormiria conosco. Aliás, se ele ta com a intenção de dormir aqui, bom sinal, pelo menos ele assim como eu está em partes arrependido pela nossa discussão de hoje cedo.

Deitei-me e fechei meus olhos, disposta a dormir novamente, Arthur abraçou-me e incrivelmente peguei no sono antes mesmo de Luan sair do banho. Ouvi ao longe barulhos na cama, senti Arthur desgrudar de mim e pouco tempo depois a presença de Luan ao meu lado. Eu estava de lado na cama e logo senti os braços de Luan envolverem minha cintura, seu perfume em minhas narinas e sua respiração quente em meu pescoço. Segundos depois adormeci.

Acordei no dia seguinte com a claridade e o corpo todo dolorido. Remexi-me na cama e abri os olhos ao ver que somente eu estava ali, sentei-me na cama passando a mão por meu rosto e quase gritei de susto ao Luan sair do banheiro só de toalha, coloquei a mão no peito ainda assustada e ele sorriu de canto timido ajeitando o cabelo molhado. O clima entre nós era estranho, pareciamos dois desconhecidos.

Duda: - Cadê o Arthur?

Luan: - A Bruna pediu pra levar ele pra passear, ele tava entediado e eu deixei - sorriu timido e eu assenti

Vi ele tombar a cabeça me olhando e sorrindo de canto disfarçadamente, só ai me lembrei que devo estar com um cabelo de louca. Rapidamente passei a mão pelos meus fios tentando os ajeitar. Levantei-me da cama e passei por ele indo até o banheiro onde escovei os dentes e lavei meu rosto.

Ao sair do banheiro Luan já estava apenas de bermuda, ajeitava o cabelo frente ao espelho, parecia sentir-se em casa, olhei sua mala aberta no canto do quarto.

Duda: - Tem show hoje? - puxei assunto escorando-me na parede

Luan: - Tenho. Interior de Minas.

Assenti e o vi me olhar através do espelho, abaixei a cabeça sem graça e suspirei.

Luan: - Temos que conversar né?

Fiquei calada e ele virou-se pra mim.

Duda: - Temos que parar com isso!

Luan: - Isso o que?

Duda: - Vivermos feito cão e gato! Temos um filho, não é bom pra ele

Luan: - Você tem razão...

O silencio instalou-se mais uma vez, mordi meu lábio sem jeito e Luan suspirou sentando-se na cama, os cotovelos apoiados no joelho e olhar distante.

Luan: - Não dá mais! - levantei minha cabeça o olhando e temendo sua continuação - Eu gosto de você, você gosta da mim! Não dá mais pra ficar nessa...

Duda: - Exatamente! - suspirei, Luan levantou a cabeça me olhando. Foda-se orgulho, também errei em grande parte nessa história, tomei coragem e caminhei até ele, tirei seus braços que estavam apoiados em sua perna e me sentei de lado em seu colo. Ele não disse nada, uma mão sua envolveu minha cintura enquanto as minhas o abraçaram pelo pescoço, Luan cheirou meu pescoço inspirando fortemente de olhos fechados. Arrepiei-me

Luan: - Amor, tava com saudade até do seu cheiro! - disse em um sussurro, neguei rindo fraco - Olha, se você quiser a gente casa ou namora, a gente fica ou enrola - riu baixinho ao dizer a frase de uma música - Ou se nada der certo a gente só beija gostoso na boca! Eu só quero ficar bem com você!  - beijou meu pescoço, sua mão soltando o coque desengrenhado que fiz em meu cabelo

Duda: - Jura?

Luan: - Você quer namorar, quer compromisso sério não é? - olhou me nos olhos - Tudo bem, a gente namora, noiva, casa, briga, separa e casa outra vez! - riu baixinho, acariciando meu rosto

Duda: - Anda ouvindo muito sertanejo não?

Luan: - Só quero viver com você, te dar muito amor, muito carinho! Ser teu homem e dar ao Arthur uma família digna. Eu quero uma família, com ele, com você!

Deitei minha cabeça no ombro de Luan, cheirei seu pescoço. Parece que tudo estava em paz, tudo estava bem outra vez.

Luan: - Quer o pedido oficial? - perguntou acariciando minha coxa, depois de longos minutos assim, em completo silêncio

Duda: - Hã? - despertei-me de meus pensamentos

Luan: - Quer namorar comigo? - mordeu minha orelha, ri baixinho e o olhei

Duda: - Sabe que não sei? - fiz graça e ele semicerrou os olhos

Luan: - Você não tem que saber de nada, vamos namorar você querendo ou não! - se fez de bravo e em questão de segundos pegou-me e jogou-me na cama se colocando sobre mim. Ri assustada após dar um grito surpreso - Vai falar que não quer agora? - mordeu minha bochecha, eu só sabia rir - Anda, fala que me ama, - mordeu meu ombro - Assume que me quer - riu mordendo meu colo enquanto eu tentava o afastar - Fala que não vive mais sem mim! - levantou minha blusa mordendo minha barriga - Assume que você é uma mulher de sorte por que o gostoso aqui te quer! - mordeu minha coxa

Duda: - Para de me morder merda! - gargalhava tentado o tirar de cima de mim

Luan: - Então fala! - mordeu forte minha coxa, bati em sua cabeça e ele riu

Duda: - Ta bom Luan chega! Você é lindo, maravilhoso, eu te quero e tudo isso ai que você disse! - ri e ele subiu ficando cara a cara comigo, mordeu meu queixo - Deu uma de cachorro agora foi? - reclamei

Luan: - Cachorro no cio, por que viu? - ironizou e fez careta, bati em seu ombro

Duda: - Que horror menino! Coisa feia de se dizer pra namorada. Insinuando que quer esse tipo de coisa sem nenhum agrado antes? Um jantar? Um carinhozinho? - zoei e ele mordeu forte o volume do meu seio, o bati reclamando de dor

Luan: - Cê gosta desse meu lado cachorro! -piscou e nós dois rimos do que ele disse

Duda: - Não sei, nunca experimentei!

Luan: - Nunca é? - fez cara de safado - Vai experimentar agora!

Em questão de segundos a boca de Luan já estava na minha de forma avassaladora, seu beijo era quente, desejoso a mão dele segurava firme minha bunda, sua lingua trabalhava arduamente em minha boca e eu aproveitando que ele estava sem camisa arranhava suas costas. O ar nos faltou e Luan começou com mordidas e chupões em meu pescoço, gemi manhosa.

Duda: - Para com isso! - pedi manhosa e ele continuou

Luan: - Por que? Cê gosta, ta toda arrepiada! - sussurrou lerdo

Duda: - Mas fica a marca! É feio.

Luan: - Sinal que cê tem dono

Duda: - Sou cachorra agora? - ri e ele bateu em minha bunda, olhei-o surpresa

Luan: - Pode ser a minha! - mordeu meu lábio puxando me para um beijo

O beijo foi ganhando intensidade, ferocidade, e nossas mãos caminhavam sem pudor pelo corpo do outro, ofegantes virei-nos na cama ficando por cima Luan sorriu safado e eu tirei minha blusa o fazendo sorrir de orelha á orelha. Abaixei beijando-o outra vez e Luan começou a puxar meu cabelo, virando-nos novamente, voltando a ficar por cima. Aquela cama enorme parecia pequena para nós.

Luan: - Você me deixa louco! -confessou descendo seus beijos por minha barriga

Arfei e em segundos Luan tirava o short do meu pijama, puxei-o para cima, queria sua boca na minha, queria sentir o gosto de seus lábios, e ele parecia ter a mesma sede que eu. Enquanto nos beijavamos enlouquecidamente desci minhas mãos e apertei a bunda de Luan o fazendo cortar o beijo e reclamar.

Duda: - Para de chatice! - apertei de novo e ele olhou-me bravo, segurou minha mão - Se for assim não deixo você apertar minha bunda também!

Luan: - É covardia! - reclamou e eu ri

Duda: - Larga de ser careta! - mordi seu lábio inferior, enlacei minhas pernas em sua cintura roçando nossas intimidade, Luan fechou os olhos e gemeu, soltei minha mão do seu aperto e passei minha unha por suas costas o fazendo se arrepiar, ia descendo a mão novamente e ele abriu os olhos - Calma, só vou tirar tua bermuda - ri e ele fez o mesmo

Em questão de poucos minutos estavamos ambos nus, Luan apenas me provocava, roçava seu membro em mim sem me penetrar, eu gemia e erguia meu corpo na intenção de acabar com essa tortura, ele apenas ria e não atendia meu pedido.

Luan: - Geme meu nome bem gostoso que eu faço o que você quer - sussurrou em meu ouvido cheio de tesão

Já sem mais controle do meu corpo e minhas ações, acabei fazendo o que ele pediu. Luan penetrou-me de uma só vez, o atrito entre nosso corpo foi forte e ambos gememos alto. Dessa vez fizemos amor sem nem um pouco de lentidão, ou "carinho", apesar do sentimento foi coisa carnal, matavamos o desejo e o tesão um do outro, e saber que eu o satisfazia de tal forma elevava meu ego, assim como o dele que pedia diversas vezes para eu gemer seu nome. Ele era incrivel no que fazia, jamais alguém me tocou como ele, ou me deu tanto prazer quanto ele. Eramos o encaixe perfeito, de corpo alma e coração. E mesmo nessa bagunça de sentimentos, nesse meio de "cão e gato" que viviamos, logo após uma transa, sem palavra alguma era perceptivel o amor no carinho, nos beijos e nos nossos toques.

Luan: - Ta cada vez melhor em loira? - riu comigo em seu peito, bati em seu braço

Duda: - Para com isso! Odeio comentar sobre isso.

Luan: - Ta vermelhinha é? Na hora cê fica toda assanhada e agora fica com vergonha? - zoou rindo, mordi sua mão com força o fazendo gritar um "AI" - ta louca Duda? - abanava a mão freneticamente assustado

Duda: - A próxima vez que comentar sobre isso vou morder de novo desse jeito, só que lá embaixo! - ameacei o fazendo rir

Luan: - Cê já é linda vermelhinha, mas vermelhinha e brava fica uma perdição sabia? - sorriu mordendo o lábio, puxando-me pra ele de novo e em minutos estavamos nós dois se amando outra vez, mas dessa vez tudo muito lento, muito carinhoso, com direito até a "eu te amo" no pé do ouvido.

[...]

Luan: - A Bruna ta demorando. Eu tenho que ir. O bicuço já ta até pronto - olhou-me como se pedisse desculpas

Duda: - Tudo bem, eu digo pro Arthur que você o esperou mas não deu mais - sorri de canto

Luan: - Eu te ligo quando chegar. - beijou o canto da minha boca

Duda: - Vai com Deus!

Luan: - Fica com ele - sorriu pra mim

*Luan Narrando

Tive um inicio de tarde maravilhoso, além de ter feito as pazes com a Duda ainda fizemos amor. Esperei por Bruna trazer o Arthur para despedir-me dele, afinal, agora tinha show em Minas e depois um tour pelo Nordeste, seria complicado vê-lo. Ainda ligamos para minha irmã, queria muito despedir-me do meu filho, mas segundo ela estavam presos no trânsito, o que não é coisa difícil de se acontecer em São Paulo.

Meu tempo acabou, tinha que seguir para o aero, despedi-me da minha loira e coloquei minha mala no carro, passaria em casa para meu pai seguir comigo até o aero e depois voltar com meu carro. Quando eu abria a porta para enfim entrar no carro, uma voz dizendo algo que acelerou meu coração fez-me parar instantaneamente, o coração na boca, uma vontade louca de correr.

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Meu amoreeeees, volteeeei! Mil perdões pelo sumiço, mas estou com um problema de saúde, por isso "desapareci" por esse tempo, e com a morte do Cris acabei decaindo mais. Enfim, vida que segue, já estou me erguendo e tô de volta com capítulos. Peço a compreensão de vocês, caso eu fique algum dia sem postar, o tratamento que estou passando envolve remédios fortes, o efeito colateral é péssimo e as vezes eu "Sumirei" mas JAMAIS abadonarei a fic deixo isso claro ta? Posso demorar mas volto, mas prometo em esforçar para isso não acontecer ;) Enfim, em decorrência desses dias sem capítulo vou fazer MARATONA DE CAPÍTULOS hojeeeee \o/ Alguém ai afim? Mega beijo minhas lindas

1/5