62 - Despedida

[...]

Cheguei a São Paulo apenas com Arthur. Laís ficou para matar a saudade de sua família. Levei um baita susto quando Well nos abordou, não sabia que ele ou alguém viria nos buscar, minha intenção era pegar um táxi e fiquei espantada por ele estar ali já que eu não havia comentado, ou se quer conversado com Luan para que ele saiba sobre a hora que eu chegaria.

Duda: - Você ta sozinho? - perguntei enquanto caminhávamos pelo estacionamento, ele levava minha mala

Well: - Não.

Ele não disse mais nada e eu me calei também, chegamos ao estacionamento e o carro de Amarildo nos esperava. Achei que meu sogro que estava ali, mas quando Well abriu a porta vi Luan sentado no banco de trás entediado mexendo no celular.

Arthur: - PAPAI!- gritou entrando no carro e o dando um abraço de urso

Well: - Acho melhor vocês entrarem logo - disse do lado de fora, Luan soltou Arthur beijando a testa dele e se ajeitou no banco de trás, entrei e me sentei também com nosso filho em nosso meio

Luan: - Oi - olhou-me sorrindo fechado

Duda: - Oi.

Well deu partida e enquanto isso Arthur tagarelava sem parar com o pai.

Arthur: - Pai, eu fui em um lugar parecendo com os lugares que você faz show. Lá é muito massa pai, tem um monte de luz colorida, todo mundo dançando e rindo. É muito bom pai!

Luan: - Você gostou da balada né moleque esperto! - bagunçou seus cabelos rindo

Arthur: - Foi aniversário do meu avô. Ele ta namorando sabia? A namorada dele é legal, ela me deu chocolate escondido da mamãe - sussurrou e eu escutei, Luan olhou-me e eu ri - Lá foi muito bom. Por que você não foi? Você tinha show?

Luan: - Tinha compromisso no estúdio. 

Arthur: - O que é isso?

Luan: - É onde eu gravo as minhas músicas

Arthur: - Me leva lá um dia?

Luan: - Levo! - sorriu pro filho e olhou-me - Como foi a balada Duda?

Duda: - Normal Luan - respondi e ele suspirou, sabia que ele queria mais detalhes, mas eu não queria entrar em uma briga. Peguei meu celular e fiquei mexendo até chegarmos a porta da "minha" casa enquanto Luan e Arthur conversavam. Na porta de casa Luan desceu dizendo a Well que ele levaria minhas malas até dentro de casa

Luan: - Duda?

Duda: - Oi?

Luan: - A gente precisa conversar. - disse sério, respirei fundo e o encarei esperando que ele começasse a dizer algo - Um jantar pode ser? Eu te pego aqui as oito, minha mãe fica com o Arthur.

Duda: - O que tem ele ir?

Luan: - Não tem nada, mas acho melhor ele ficar com a minha mãe... o assunto não é muito pra idade dele

Assenti colocando minha franja atrás da orelha, nós dois desconfortáveis. Então ele aproximou-se de mim e colocou sua mão atrás da minha cabeça e beijou minha testa demoradamente. Fechei os olhos com seu gesto carinhoso.

Duda: - Como sabia a hora que eu chegaria? 

Luan: - Falei com seu pai.

Falavamos baixo, não me conti a abraçar sua cintura e logo Luan tirou seus lábios da minha testa e foi abaixando levando-os para perto da minha boca. Dei a iniciativa de selar seus lábios e ele logo transformou isso em um beijo lento, carinhoso. Tinha amor, ternura, e tinha um misto de medo e angústia também. Ao fim ele beijou minha bochecha.

Luan: - As oito. Não esquece

Assenti e Luan foi até a cozinha onde Arthur estava. Despediu-se do filho e foi embora. Sentei no sofá e suspirei. No fundo eu sabia que essa conversa não seria nada agradável, e essa poderia ser a certeza do meu definitivo não tentar mais. Eu o amo, não queria desistir dele nem do nosso amor, mas também não queria um relacionamento criado através das brigas.

Ana: - Você pode desabafar. Não precisa terminar Duda. Dê a ele o tempo de mudar e se isso não acontecer você termina. Mas não acabe com tudo sem o dar tempo de tentar também - dizia ao telefone. Aproveitei que Arthur tomava seu banho para desabafar

Duda: - Eu sinto que hoje não vai ser um dia bom mãe.

Ana: - Coloca nas mãos de Deus filha. Você não pediu ajuda, uma providência a ele? Talvez hoje seja a resposta dele. Segue seu coração!

Fiquei conversando com a minha mãe até Arthur sair do banho e me pedir para o levar no parque do condominio. Pensei em chamar Luan também, mas logo descartei essa possibilidade. Que tudo que tenhamos que dizer ao outro seja nesse jantar. Pelo menos era um local público, o que significa que ele ão pretende brigar, já que público como ele é, até se ele alterar a voz capaz de ser a notícia da semana.

Enquanto Arthur brincava sentei-me no banco com um livro, era um dos meus preferidos: Não Se Apega Não da Isabela Freitas. Já havia o lido mas gostei tanto que queria reler, e uma das primeiras coisas que li me tocou: "Mudar as pessoas não é algo que esteja ao seu alcance.  As pessoas só mudam quando querem mudar. E, geralmente, elas não querem."  Lembrei-me então das minhas brigas com Luan. Do seu ciúmes muitas vezes exagerados.. Quantas vezes não pedi para que ele mudasse isso? Lembrei-me então do show. Ele não me deu nem um pouco de atenção, e sem realmente intenção minha mente fez uma comparação. João Pedro não me deixou só um minuto se quer. Se preocupada com meu conforto, se eu estava gostando do show, comentava sobre as músicas, dançou comigo. Fez tudo o que Luan não fez nem questão de fazer. Fechei meus olhos tentando me livrar desses pensamentos e com um olho no livro e outra em meu filho passei minha tarde.

Por volta das sete Luan me mandou mensagem que quando me pegasse deixaríamos Arthur em sua casa, não sendo necessário eu levá-lo. Arrumei meu filho e uma mochilinha também. Não sabia no que ia dar esse jantar, e caso o resultado fosse positivo, conhecendo meu namorado como conheço sei que o melhor era Arthur dormir com os avós, por isso arrumei suas coisinhas. Ele até pediu pra ir comigo, mas o convenci que seria um jantar chato e que era mais divertido a casa dos avós. Alguns minutos antes de Luan passar para me pegar eu já estava pronta. Me vesti simples com uma calça jeans e mal me maqueei, apenas destaquei-me com um batom. Não estava muito empolgada, minha cabeça estava a metros em um certo home com nome e sobrenome. Entediada a espera de Luan tirei uma foto e a publiquei. 

"Entrego minha vida e meus problemas nas mãos de Deus. E que seja feita a vontade dele"

Assim que postei a foto já vieram comentários perguntando o que estava havendo. Não querendo expor mais minha vida e nem levantar hipótese respondi que era só uma legenda e que estava tudo bem. Vi que Luan curtiu minha foto comentando um coração. Ri, ele só fazia isso, nunca mudava se quer o emoji.

Ouvi sua buzina e Arthur já saiu correndo, tranquei a casa e fui até ele que estava fora do carro. Vi a surpresa em seu olhar e não entendi, afinal, ele já tinha visto a foto em que eu estava pronta.

Luan: - Você de calça?

Duda: - Ué, você já viu a foto. Não tô entendendo sua surpresa. - ri e pela primeira vez ele abriu a porta do carro pra mim

Luan: - Achei que fosse uma de outro dia - deu de ombros - Mais ta linda

Sorri sem jeito e fomos calados até a casa dele, nem desci, ele mesmo levou Arthur até dentro da casa e entrou em seguida. Eu mexia minha mão inqueitamente sobre minha coxa, o silêncio no carro dominava, percebi ele olhar minhas mãos rapidamente.

Luan: - Ta preocupada ou angustiada com alguma coisa?

Duda: - Não, por que? - menti o olhando

Luan: - Seu esmalte.

Duda: - O que a cor da minha unha tem a ver com isso? - ri sem entender, paramos em um sinaleiro e ele pegou na minha mão, sorriu triste e eu franzi a sobrancelha, ele acariciou minha mão e o sinal abriu. Repeti a pergunta ainda curiosa

Luan: - Quando você vai na manicure e volta com esmalte escuro você ta nervosa. Sempre que vem com preto, marrom e essas cores fechadas pode saber que ta com raiva. Quando põem vermelho você tá pro crime - riu e eu também um pouco surpresa - Quando você coloca uma coisa mais delicada, um rosa clarinho, uma francesinha né que fala aquele branco com tracinho? - assenti - Então, quando você coloca essas coisas você ta tranquila, mas quando coloca da cor da pele igual agora é por que ta preocupada ou angustiada.

Duda: - Nossa! Eu nunca tinha reparado isso! - admiti e ele sorriu

Não demorou muito a chegarmos no restaurante. Sentamos em uma mesa reservada, Luan de inicio pediu um vinho e eu optei por um suco natural. Nos olhamos em silêncio, ele abaixou a cabeça e suspirou, quando á levantou percebi um olhar angustiante nele.

Duda: - Pode me dizer o que ta te causando esse olhar triste... A gente veio aqui pra isso, não vamos adiar essa conversa e  fingir que está tudo bem entre a gente quando na verdade não tá!

Luan: - Eu não sei nem por onde começar. - suspirou e eu assenti respirando fundo

Duda: - Eu não aguento mais nossas brigas Luan. É só isso que fazemos ultimamente. Isso não é bom pra nenhum de nós.

Luan: - Eu sei, mas é que você as vezes...

Duda: - A culpa é de nós dois Luan! - o interrompi firme - Não é só sua nem só minha. Quando um não quer, dois não brigam! Não é só isso mas poxa, seu ciúmes me sufoca!

Luan: - Suas roupas me irritam!

Duda: - Suas fãs me magoam!

Luan: - Eu não posso fazer nada quanto á isso, você sabe.

Duda: - Eu não te peço pra que fique contra elas Luan. Nunca te pediria isso. Só queria um pouco de respeito e sei que elas só cumpririam se o pedido viesse de você! Pedir respeito com a pessoa que você está não é maltratar elas. Eu sou sua namorada, mãe do seu filho, sou mulher e sou humana. Uma hora nenhuma desses meus lados vai aguentar mais isso.

Luan: - Duda, eu não queria tocar nesse assunto, mas eu já namorei com essa fama, com minhas fãs no meio, com tudo isso que você ta vivendo envolvido. Ela aceitou tudo isso, por que você não aceita? Seu amor não é forte o bastante pra isso?

O olhei sem acreditar, abaixei a cabeça e neguei voltando á olhar tentando não transmitir a mágoa que suas palavras me causaram.

Duda: - Ela é completamente diferente de mim. Se ela aceitou que bom pra vocês dois. Mas eu não sou de ferro, e meu amor por você não é burro. Eu amo você, mas amo a mim também Luan!

Ele assentiu com a mandíbula cerrada e bebeu o resto do vinho em seu copo em um só gole. Olhou pra mim e vi seu olhar indescritível, porém firme

Luan: - Eu vou te perguntar uma coisa e quero que você me responda com toda sinceridade do mundo. - assenti - Me fala a verdade, você ainda sente no mínimo atração por aquele João Pedro não sente? - disse olhando-me nos olhos, parecia já convicto de uma resposta antes mesmo de eu dizê-la

Duda: - Claro que não! Pra que voltar nesse assunto, nesse cara Luan?! Pelo amor de Deus, desencana dele! - falei um pouco irritada

Luan: - Não mente pra mim Duda! Eu conversei com uma pessoa e acredito que tudo que ela me disse tem razão. Vocês mulheres são sentimentalistas, não iam lembrar de um cara de uma só noite eternamente. No minimo ficariam com raiva por ter sido só uma noite pra ele. E outra, você dizer dele pra mim, seu namorado prova que seja lá o que você sente por ele ta tão presente que nem na minha presença você consegue disfarçar. A gente briga e o que você faz? Corre pra Campo Grande justamente onde ele ta! Pelo amor de Deus, eu sou desligado mas não sou otário Duda. Eu sei que tem coisa nisso. Um desejo, paixão, sei lá... Mas ele não seria tão inesquecível assim por uma coisa tão banal. Não pra uma mulher como você tão moderna! 

Mal consegui engolir as palavras de Luan. Minha raiva foi ao extremo.

Duda: - E outra vez sua irmã fez sua cabeça contra mim! Porra Luan, eu não sinto nada por ele! Nada! Você me ofendeu com o que disse! Eu não namoraria com você sentindo qualquer coisa que seja por outro cara. E seu pensamento não passa de machismo! Aposto que você deve se lembrar bem de alguma mulher que pegou por que ela soube te dar prazer mais do que as outras. Você pode lembrar de uma Cacau, de uma qualquer que te chupou ou fez outra coisa bem e tudo beleza, normal, não envolve sentimentos, só prazer. Agora eu não posso lembrar de um homem só por que ele fode bem sem sentimentos? Enfia seu machismo e dua sua irmã bem naquele lugar merda! Eu não sinto nada por ele! Foi a merda de uma coisa que eu disse bêbada, não quer dizer que eu quero casar com ele ter dois filhos e um cachorro. Não quer dizer que eu o amo só por que fiquei com ele. Você pode comer meio mundo sem nem saber o nome e eu não posso lembrar do único cara que eu fiz sexo além de você? Quer saber Luan, você não passa de um machista! - falei irritada, cruzei meus braços e desviei meu olhar dele. Meus olhos marejavam de raiva

Luan: - Não mete a minha irmã na nossa briga! Pra mim já deu. Eu vou pedir a conta. Não vou ficar aqui ouvindo você dizer que ele... ah foda-se!

Não falei mais nada, continuei de braços cruzados e segurando as lágrimas de raiva. Luan pediu a conta e sem mesmo jantarmos fomos embora. No carro um silêncio dominava. Até Luan abrir a boca.

Luan: - Você não suporta minhas fãs e quer que eu suporte um filho da puta que te pegou! Irônico não? Eu não fiquei com as minhas fãs e nem disse pra você que elas são ótimas de cama. E nada me tira da cabeça o que eu ouvi Duda, você pode não assumir, mas eu não sou otário!

Duda: - Eu não ia nem perder meu tempo te respondendo, mas quero deixar bem claro pra você que não tenho nada contra suas fãs. Elas que teem contra mim! Eu tentei me aproximar e você viu. E você só não comeu metade delas por que só tem um pau! Do jeito que é se tivesse mais seria raro uma mulher que tivesse fugido do seu raio! Otária de mim que ainda tenho que ouvir esses absurdos de você por uma coisa que aconteceu quando eu nem tava contigo. E mais otária ainda são suas fãs que idolatram um machista como você!

Luan: - Olha como você fala delas! E quer saber Duda? Eu não posso continuar com uma pessoa que se refere desse jeito as minhas fãs!

Duda: - Ótimo! Por que eu também não posso ficar com um cara que não pede respeito nem pra mãe do filho dele, um cara que surta de ciúmes a cada duas horas!

Luan: - Se meu ciúmes é tão insuportável pra você, me deixa e fica com seu João Pedro. Não vai ter ciúmes de você e ainda vai ser melhor do que eu na cama!

Duda: - Você é um idiota que acha que minha mente gira em torno de droga de sexo! Quer saber? Nós dois acaba aqui! Não tem confiança nem respeito nessa merda de namoro!

Luan: - Ótimo!

Só ai me dei conta que já estavamos parados frente a minha casa brigando. O olhei pela última vez. Minhas lágrimas de raiva escorriam pelo meu rosto, já as dele ele as segurava em seu rosto com certo orgulho.

Duda: - Amanhã eu pego meu filho!

Bati a porta do seu carro com força e entrei em casa. Fechei a porta e me permiti sentar no sofá e chorar minha dor. Tudo bem que eu já imaginava que terminaríamos. Mas não imaginava ele duvidar do meu amor, ele insinuar que gosto ou desejo outro cara, ele ver meus esforços e ainda dizer que quem não suportas as fãs dele sou eu.

Com raiva me levantei e peguei o porta retrato que havia ele e Arthur. Sem pensar o taquei na parede o xingando! Virei-me de costas para a porta e senti minha crise de soluços e choro começar. Peguei outro móvel para jogar e fui impedida por uma mão firme. Senti seu calor atrás de mim, sua respiração descompassada, seu perfume sem igual.

Duda: - ME SOLTA! - gritei em meio a soluços

Luan: - Você quebrar a casa não vai diminuir sua raiva de mim.

Soltei a pequena estátua de elefante da minha mão e ela se chocou contra o chão a quebrando em tantos pedaços quando meu coração. Me virei pra ele e comecei a estapear seu abdomem.

Duda: - Eu odeio você! Odeio tanto, tanto, que chego a odiar amar você! - minhas palavras se misturavam com as lágrimas e soluços. Seus olhos estavam vermelhos de segurar o choro, e fui pega de surpresa quando ele me jogou contra  a parede prensando seu corpo contra o meu.

Luan: - Eu também odeio tudo o que ta acontecendo. Odeio saber que outro homem te tocou, e odeio mais ainda saber que você não se esquece disso!

Duda: - Ta vendo como você é um idiota? Você só sabe se lembrar dessa merda! Como quer que eu esqueça se nem você me deixa esquecer? - falei na raiva, vi a fúria nos olhos do Luan, suas mãos que seguravam meu pulso apertaram-no chegando a doer um pouco. Minha respiração ficou mais ofegante e á dele também

Luan: - Eu vou te fazer esquecer ele! E sabe por que? Por que duvido que ele conheça seu corpo como eu - suas palavras me causaram mais ódio, mas também um certo desejo pelo Luan raivoso que estava a minha frente - Duvido que ele consiga te fazer ficar molhada só com a voz igual eu estou fazendo agora - levou a boca até meu ouvido. Fechei meus olhos ofegando - Duvido que ele te faça gemer só com a boca em seu pescoço

Duda:- Pa..para Luan! - pedi contra o que meu corpo queria, minha voz mal saia - Solta minha mão, ta me machucando!

Luan: - Eu não me importo! - deu de ombros passando a lingua do meu ouvido até meu ombro - Duvido que você tenha coragem de fazer com ele tudo o que faz comigo!

Duda: - Você é um cretino! - falei firme, ele riu lascivo e segurou meus dois pulsos com uma só mão, a outra ele levou até a minha calça a desabotoando e enquanto isso sua boca foi até a minha com brutalidade. Ele me beijava sem carinho. Mas havia desejo e tesão. Sua lingua explorava cada canto da minha boca e me mordia com certa força as vezes, mas nada que não fosse prazeroso. Quando dei por mim eu já estava sem a minha calça, eu usava um body, ele desabotoava atrás, mas Luan estava visivelmente impaciente.

Encerrou o beijo bruscamente e me olhou com fogo, soltou minhas mãos e me pegou, enlacei minhas pernas em sua cintura mas, ele chupando meu pescoço tirou minhas pernas da sua cintura e me levantou mais em seu colo. Segurei seus ombros com medo.

Duda: - Ta louco? Eu vou cair!

Luan: - Fica caladinha!

E usando uma força dele que eu desconhecia ele me colocou com as pernas em volta em seu ombro, seu rosto de frente pra minha intimidade e minhas costas apoiadas na parede. Estava morrendo de medo de cair, mas ele segurava-me com bastante firmeza. Levei um susto quando ele rasgou o fino tecido do body que cobria minha feminilidade, e em questão de segundos eu estava bem ali, exposta completamente á ele naquela posição nova pra mim. Segurando seus cabelos com força como ponto de apoio.

Luan: - Já ta molhadinha assim amor? - disse provocante beijando e mordendo a parte interna das minhas coxas. Suspirei puxando seus cabelos e pela primeira vez ele não me atiçou muito e foi direto com a lingua em minha intimidade. O contraste de sua boca fria e minha intimidade extremamente quente me fez jogar a cabeça para trás.

Luan começou a chupar-me com pressão, sem dó alguma, sempre que ele fazia aquilo ele tinha mais carinho ou cuidadeo, dessa vez ele estava extremamente selvagem e eu estava gostando. Nunca recebi um oral tão bom, e em resposta ao prazer que ele me proporcionava eu gemia puxando seus cabelos enquanto me equilibrava naquela posição.

Luan: - Você tem um gosto maravilhoso sabia? - olhou-me safado, corei olhando pra cima e ele riu - Aposto que ele não te chupa tão gostoso quanto eu - riu soprando minha intimidade e o fato de ele estar com halls na boca desde a hora que saímos do restaurante fez esse simples sopro me levar a beira do orgasmo

Duda: - Fala menos e age mais! - pedi para o provocar e foi exatamente o que ele fez me proporcionando o melhor ápice da minha vida

Luan: - Delicia! 

Agradeci por ele segurar me firme na hora de me descer pois meu corpo ainda sentia os resultados daquele orgasmo, dessa vez continuei com as minhas pernas em sua cintura, ele beijou-me com fervor, minhas mãos arranhando sua nuca e pescoço, mas logo desceram apressadas para sua calça, Luan por fim terminou de tirar meu body, eu estava com um sutiã tomara que caia, com uma habilidade invejável ele o desabotoou dando um tapa forte em minha bunda. Terminei de tirar sua calça de uma só vem com a cueca enquanto ele tirava a própria blusa, agora, ambos nus ele deixava marcas em meu seio com sua boca habilidosa enquanto eu o acariciava gemendo em seu ouvido.

Duda: - Eu preciso de você dentro de mim Luan! - reclamei com tesão e ele riu, apertou meu seio e tirou a boca dele á levando até a minha. O beijava enquanto o acariciava, eu sentia sua pulsação e aquilo me excitava mais, encerrei o beijo pegando Luan de surpresa e me ajoelhei frente á ele que sorriu satisfeito pra mim

Mordi sua cintura e ele suspirou, pegou meus cabelos como um rabo de cavalo em suas mãos e sem interromper o contato visual eu retribui seu oral.

Luan: - Meu Deus Duda, você vai me matar! - disse de olhos fechados, movimentando-se lentamente, arrisquei a acariciar seus testículos enquanto ainda o tinha em minha boca e isso o deixou louco. Ele perdeu o resto de controle que tinha e começou a literalmente foder a minha boca - Levanta! - pediu autoritário quando estava prestes a gozar. Ri e não o obedeci, ele grunhiu irritado - Duda eu vou... - passei minha lingua por sua glande o olhando nos olhos e ele não mais se segurou.

Me levantei e ele me puxou de encontro ao seu corpo me beijando e passando a mão por todo meu corpo, parando em meu bumbum onde apertava e dava alguns tapas enquanto nos beijávamos fogosamente.

Luan: - Deia no chão! - pediu ofegante, mas sem pensar duas vezes fiz o que ele pediu, Luan veio por cima me beijando, dessa vez mais calmo. Segurou minha coxa com força a apertando e mordendo meus lábios. Ajoelhou-se entre minhas pernas, beijou o peito do meu pé e foi beijando toda a minha perna, e quando por fim chegou perto da minha cintura ele voltou a se ajoelhar colocando minha perna sobre seu ombro e sorriu safado pra mim

Apesar da vergonha eu mordi meus lábios em antecipada excitação. Deitada mas com as duas pernas em seu ombro e ele ajoelhado Luan começou a me provocar.

Duda: - Mete logo amor! - pedi em um gemido frustrado e ele riu, ficou olhando-me nos olhos apenas rondando seu membro em mim e quando eu já perdia perdia minha paciência ele penetrou-me forte, firme e extramente duro. Sua entrada abrupta fez-me sentir um pouco de dor, mas que logo foi substituída pelo prazer de suas estocadas rápidas.

O prazer entre nós dois era tanto que mal começamos e já soávamos. Ambos mordíamos os lábios para conter gemidos mais altos, mas pela primeira vez não me conti a gritar seu nome. Ele abriu os olhos me olhando satisfeito e intensificou a penetração.

Luan: - Diz pra mim se ele te pega assim... Diz pra mim se ele consegue te dar mais prazer do que isso! 

Eu mal raciocinava para responde-lo, apenas gemia e negava, ele ria e mesmo sendo desconfortável ele abaixou-se me beijando com gosto, mordendo minha lingua e lábio. Aproveitei e comecei a arranhar suas costas. Ele nunca foi tão bruto, nunca penetrou-me tão forte como agora e sem dó alguma, e eu nunca havia sentindo tanto prazer como hoje. Antes de chegarmos ao ápice Luan me fez ficar de quatro no sofá, atendi prontamente e tenho certeza que ficaram as marcas de seus tapas em minha bunda. Eu o pedi para fazermos na escada e com tanto tesão rolando entre nós ele aceitou prontamente. Nem mesmo a mesa da cozinha escapou do nosso sexo selvagem. E por fim, quando o dia quase amanhecia eu estava sentada no colo do Luan na escada da piscina, movimentando-me sobre ele que já estava todo arranhada e vermelho dos meus beijos e chupadas enquanto eu deveria estar quase roxa já.

Luan: - Eu vou gozar! - avisou segurando meu cabelo com força e já no nosso quarto ou quinto  round não tínhamos mais domínio sobro nosso corpo e juntos chegamos ao ápice mais intenso de todos

Nossas respirações ofegantes, corações batendo descompassados, o prazer ainda correndo em nossas veias. O abracei procurando um sustendo pro meu corpo já sem forças.

Luan: - Ta frio, vamos pra dentro 

Duda: - Eu tô sem forças pra sair daqui Luan - falei timida e ele riu 

Sai daquela piscina sendo carregada por Luan. Me assutei ao passarmos pela cozinha e ver o estrago que tínhamos feito nela, a sala ainda estava com os cacos de vidros. Luan subiu as escadas e enfim estava em meu quarto. Ele me deitou na cama e tirou meu cabelo do rosto, o olhei sentindo meu coração partir, a realidade parece que veio a tona, e pelo seu olhar ele pensava o mesmo que eu.

Luan: - Um beijo de despedida? - perguntou baixo, parecia que tais palavras não queriam sair de sua boca. Assenti sentindo meus olhos marejarem e se abaixando seus lábios se encontraram com os meus em um beijo de despedida. Ao fim dele Luan beijou minha testa demoradamente - Espero que ESSA seja sua noite inesquecível. E não outra qualquer

 Duda: - Não estraga mais ainda as coisas! - pedi com a voz embargada

Luan: - Desculpa. - suspirou e cobriu-me beijando minha testa outra vez - Seja feliz Duda... mesmo se não for comigo! 

E após aquela frase dita com os olhos dele tão cheios de lágrimas como os meus, vi o meu amor sair dali, dessa vez sabendo que não tem mais volta. Ele saiu da minha vida e o vazio que deixou seria difícil de substituir. Pela segunda vez deixei o homem que eu amo escapar por entre meus dedos.

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Capítulo quenteeee mas emotivo :( Só eu que fiquei com o coração apertado com esse finalzinho? O que acharam? O hot ficou pesado demais ou ta bom assim? Será que nosso casal vai aguentar essa "separação" por muito tempo? Quero opni~es amoreees