100 - Cólica?

Primeiramente Parabéns pra genteeee! 100° Capítulooooo! *-* Obrigado por me aturarem e terem tanta paciência com minhas ausências. Obrigada por cada comentário, cada indicação... Obrigado por tudoooo ♥

Nossa semana no Pantanal acabou sendo menor do que esperávamos por conta do mal tempo, dois dias antes do previsto voltamos pra casa, e de brinde vim acompanhada com uma cólica mais forte que o normal.

Luan: - Mas cara, isso não é normal, cê num já menstruou esse mês? - perguntou meu namorado confuso ao me trazer um copo d'água e outro comprimido para dor

Duda: - Já, mas veio apenas dois dias, toda desregulada sabe? É só isso - sorri de canto

Luan: - E vir desregulada assim é normal? Cê não é de sentir tanta cólica assim amor - passou a mão em minha perna carinhoso - Você ta fazendo os trem certinho? Indo na ginecologista?

Duda: - Fiz o preventivo há uns quatro meses, depois disso não fui mais

Luan: - Tem que ir amor. Amanhã vou pedir pra minha mãe marcar no que ela e a Bruna vão pra você.

Duda: - Não. Já tô acostumada com a minha.

Luan: - Então amanhã cê marca! Marca os trem tudo pra ver esse útero e ovário seu também que eu já tô preocupado. Vai no melhor que tiver, não importa o preço, eu pago!

Duda: - Para com isso, é a minha saúde, eu cuido!

Luan: - É a minha namorada, eu cuido! E não discute!

Luan levantou-se para levar o copo a cozinha e eu acabei rindo dele, encolhi-me mais na tentativa falha de amenizar a dor e liguei a TV. Arthur que estava tomando banho chegou minutos depois só de cuequinha box e roupão.

Arthur: - Dor ainda mamãe?

Duda: - É - fiz careta e ele se sentou no sofá colocando meus pés em seu colo

Arthur: - Fica quietinha que passa - sorri pra ele

Duda: - Você tá mais moreninho! Ta a coisa mais linda!

Arthur: - Lá é muito quente!

Duda: - E aqui não? - ri

Arthur: - Ah, mas eu não fico tanto no sol lá como fico aqui!

Luan voltou instantes depois e sentou também no sofá, coloquei minha cabeça em seu colo e comecei a receber um cafuné.

Luan: - Ta melhorando?

Duda: - Não

Luan: - Vixi - fez careta e voltou a mexer em seu celular enquanto eu e Arthur prestavamos atenção na novela da tarde que passava - Nossa, quem é Antônio? - disse olhando o celular

Duda: - Não sei, por que?

Luan: - Me chamando no whatsapp. Mas não lembro quem é.

Duda: - Pergunta ué. Você tem o número salvo ou ele que disse quem é?

Luan: - Ta salvo - riu

Duda: - Olha a foto então.

Luan: - Já olhei. Não sei quem é, olha - mostrou-me na tela do celular e antes que eu dissesse algo Arthur foi mais rápido

Arthur: -  É o pai do meu amigo Gabriel. O do meu jogo pai, que vocês ficaram conversando e gritando!

Duda: - Seu amigo de infância Luan - ri

Luan: - Ataaa! Tô ligado quem é - riu de si próprio e começou a digitar

Duda: - Nossa, vocês até trocaram whatsapp aquele dia? Que viadagem Luan!

Luan: - Me respeita - apertou rindo minha nuca onde fazia carinho.

Luan ficou conversando com ele por alguns minutos, o remédio por já ser o terceiro que eu tomava me deu sono, e quando já cochilava naquele sofá Luan começou a falar.

Luan: - O moleque ta doente.

Duda: - Quem?

Luan: - O filho dele, Gabriel. A irmã mais velha dele casou, tá morando em outra casa e ele tá todo abatido, mal quer fazer as coisinhas dele.

Duda: - Nossa amor, tadinho!

Luan: - É. Ele tá chamando o Arthur pra uma noite dos amiguinhos do filho dele lá, pra vê se anima o garoto, me mandou ate foto olha. Filme, fantasia, pipoca, cachorro quente... quase que me auto convidei, pena que é pra crianças - disse tristonho e eu ri

Duda: - Pelo amor de Deus Luan! Você confia?

Luan: - Em que?

Duda: - Deixar ele ir uai. É pra dormir?

Luan: - É. Mas acho que é tranquilo, vai tá cheio de amiguinhos deles lá, o Arthur precisa se enturmar também... Você quer ir filho?

Arthur: - Eu? Onde? O que? 

Luan: - Nossa, daqui a pouco vai entrar na televisão! Na casa do Gabriel, seu amigo!

Arthur: - Fazer o que?

Luan o explicou o que era e ele se empolgou pedindo repetidas vezes para que deixássemos, fiquei com um pé atrás, mas antes de eu dar a resposta final Luan mandou Arthur ir se arrumar que ele se resolveria comigo.

Luan: - Larga de ser chata! Deixa o menino aproveitar! Ele vai ficar fazendo o que aqui? Te olhando passar mal?

Duda: - Tá bom Luan, ele vai!

Luan: - Vai mesmo, eu que mando - riu e saiu correndo escada a cima, provavelmente para ajudar Arthur a arrumar suas coisas

Luan quem foi levar o filho na casa de Antônio, o dei mil e uma recomendações e perguntas, mas o conhecendo como conheço sei que na metade do caminho ele não lembrará de mais nenhuma. 

Fiquei em casa quieta, aquela cólica estava me matando, e ao invés de aliviar parecia apenas aumentar. Recebi a ligação de  minha mãe que se dizia estar com saudades e nos protemos dar-nos um jeito de nos ver ainda esse mês, Luan não demorou muito á chegar, e para a minha surpresa veio com todas as respostas as minhas recomendações e perguntas.

Luan: - Eu sou meio avoado mas sou um bom pai - riu

Duda: - Eu sei que é - ri

Luan: - Sei que cê ta morrendo de dor, mas não rola nenhum beijinho? 

Duda: - Claro que rola, vem cá.

Eu estava deitada no sofá e com todo cuidado do mundo Luan se deitou sobre mim, mas sem liberar todo seu peso, ficamos nos beijando e namorando por um tempinho, mas aquela dor já tava me deixando inquieta.

Luan: - Vou olhar na internet o que é bom pra isso

Tentamos algumas táticas como colocar o pano quente na região onde doía, ou a massagem, mas de nada adiantou, com a massagem a dor pareceu apenas aumentar.

Fiquei de quatro no sofá, a posição mais confortável para minha dor que encontrei.

Luan: - Nossa, cê ta assim sem nem sangrar, imagina quando descer! - disse me olhando um pouco assustado e não consegui evitar a risada

Duda: - Mulher sofre Luan!

Luan: - Tô percebendo - fez careta - Quer chocolate? Ta com vontade de alguma coisa? Tem alguma coisa que eu possa fazer por você?

Duda: - Não tem, só fica caladinho.

Luan obedeceu e mesmo mexendo no celular me olhava de minuto em minuto.

Luan: - Quer ir no médico?

Duda: - Não precisa. Lembra que quando eu era mais nova minhas cólicas eram fortes assim? Depois que eu tive o Arthur eles diminuiram bastante, só ta voltando ao normal agora

Luan: - Se isso for o normal, Deus que me livre de ser mulher nas próximas vidas! - fez o sinal da cruz sobre si me arrancando uma risada.

Contei pra Luan sobre a ligação de minha mãe, e ele me deu todo apoio em ir ver ela e meu pai na minha próxima folga estendida.

Luan: - Mas é pra ver eles viu? E não João Pedro!

Duda: - Meio improvável eu não ver ele.

Luan: - Por quê? - perguntou sério

Duda: - A mãe dele tá quase morando com meu pai, obviamente ele vive lá, sem contar que ele agora é o filho homem que meu pai nunca teve, eles estão se dando muito bem, meu pai queria até chamar ele pra morar junto com os dois quando a Vera mudar de vez.

Luan: - Ah, mas que merda! Seu pai ta do meu lado o do lado dele?

Duda: - Do lado de ninguém. E o João antes de tudo é meu amigo, vou e vou ver ele sim Luan, sem implicância.

Luan: - Só não vou falar nada por que você tá se torcendo de dor ai, mas depois a gente conversa!

Revirei os olhos pra ele, que ficou sério após o assunto. Ele não suportava se quer ouvir o nome de João, porém ele tem que entender que ele fez parte do meu passado, e que a nossa amizade é maior que qualquer outra coisa que rolou. Não abrirei mais mão de algo por ele. Pensando em amziadez lembrei-me de Laís, e fiz uma nota mental de ligar pra minha maluquinha assim que eu melhorasse minha dor.

Luan: - Agora que lembrei. Que tanto de caixa e sacola é aquela no quarto e hóspede? Você comprou aquilo tudo?

Duda: - Nossa Luan! Já estava até me esquecendo. Recebi alguns um pouco antes de viajarmos. São roupas e sapatos das marcas que sou modelo que ganhei. Nem abri ainda, vamos lá me ajudar, tô curiosa.

Luan: - Mas você não tá com dor?

Duda: - Tô, mas não vai adiantar nada ficar aqui, anda vamos, já viu o tanto de coisa? - falei empolgada o puxando pela mão e subindo as escadas

Luan que foi abrindo as coisas pra mim.

Duda: - Nossa, que vestido deuso!

Luan: - Muito curto. Vai usar isso não - jogou pra um lado

Duda: - Luan! Para, vou usar sim!

Luan: - Só quando tiver comigo e ponto! Vou até colocar na minha mala depois - fez graça e eu ri, mesmo sabendo que sabia que ele falou aquilo apenas pra descontrair, quando na verdade faria um escândalo caso eu usasse o vestido sem estar com ele

Duda: - Esse short é lindo, me dá, deixa eu ver.

Luan: - Olha o tamanho dessa parte. Que estranho!

Duda: - É cintura alta amor, que fofo!

Luan: - Esse até te deixo usar - riu e eu joguei o short nele

Duda: - Você não manda em nada, abre essa caixa ai

Luan: - Olha, é uma bota! TáPorra. Isso vai até o peito?

Duda: - Que exagerado! Ela é linda, é até o joelho amor 

Luan: - Ela é feia amor

Duda: - Não é nada, sabendo o que vestir fica top!

Luan: - É feia. Não anda comigo usando esse trem não! - fez careta - Agora esse daqui é bonito - entregou-me um salto vermelho

Duda: - Exagerado.

Luan: - Fica mó gostosona com essas coisas. Acho massa.

Duda: - Não vou usar ela.

Luan: - Vai, eu gostei, você vai usar pra mim, pra fazer uma dança igual aquela lá...

Duda: - Acha que manda coitado - ri

Luan: - Isso aqui não passa na sua bunda nunca! - mostrou-me um short

Duda: - É, também acho que não.

Luan: - Vou dar pra Piroca

Duda: - Mas você nem me pediu..

Luan: - Vou pegar uma embalagem de presente. Falar que vi e achei a cara dela, ela vai se achar - gargalhou

Ficamos por um bom tempo abrindo as coisas e comentando sobre elas, e cheguei a conclusão que eu e Luan tinhamos a maioria das opiniões contrárias. Ainda faltava mais algumas poucas coisas quando a dor começou a ficar insuportável, Luan sugeriu um banho quente, e já sem esperanças da dor diminuir aceitei.

Entrei no chuveiro e ele foi ligar pra irmã vir pegar seus "presentes", tirei minha roupa e fiquei encurvada embaixo do banheiro. Uma cólica extremamente forte, uma dor que jamais senti antes começou a me tomar, meus olhos lacrimejaram de dor, segurei-me na parede do banheiro quando a dor aumentou mais ainda, o que achei que já não era  mais possível, controlava minha respiração pois até o movimento que minha barriga fazia ao respirar doía mais quando ouvi a voz de Luan assustada na porta do box.

Luan: - Amor do céu! 

Virei meu rosto pra ele e vi sua expressão assustada, de imediato percebi que tinha algo de errado em mim.

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Xiiii, o que será que Luan viu? Quês dores são essas da Duda? O que ta acontecendo minha gente? 

Outra vez obrigado por me acompanharem nesses 100 capítulos e por confiarem nesse escritora enrolada aqui. Beijoooos e mais Beijooos ♥