Acordei cedo no outro dia, Arthur parecia estar mais animado do que nunca, e mesmo com uma ressaca infernal forcei um sorriso para meu filho e prometi a mim mesmo não deixar nada interferir na nossa viagem. Se esse exame dissesse que eu sou o pai dessa criança ou não, que eu resolvesse tudo quando chegasse á São Paulo. Agora, tudo o que eu queria era esquecer. Como se fosse realmente fácil cumprir a minha promessa.
Passei a manhã inteira andando de canto á canto aquele imenso parque. Ele parecia nunca ter fim, e mesmo que eu já tenho o visitado uma vez, eu ainda me encantava com as coisas que ali eu via. Mas não era apenas isso que me deixava feliz, e sim ver os olhos brilhando e a admiração constante naqueles olhinhos tão parecidos com os meus. Em meio ao caos, sua felicidade era a minha calmaria.
Paramos para "almoçar" quase na hora do lanche, e como em todos os dias aqui, iriamos comer uma besteira qualquer. Arthur estava amando isso, e eu muito mais, mesmo sabendo que depois eu sofreria na academia.
Arthur - Saindo daqui a gente pode ir comprar o presente da minha mãe e do meu irmão?
Luan: - Como você tem tanta certeza de que é um menino?
Arthur: - Não sei. Eu e minha mãe sentimos que é. - deu de ombros. Por um momento me permiti pensar na gravidez de Duda sem ver tudo aquilo como a mulher que eu amo carregando o filho de outro, e sim a apenas a mulher que eu amo gerando outra criança.
Luan: - Pois eu acho que não! - falei pegando Arthur de surpresa
Arthur: - E desde quando você pensa no neném da minha mãe?
Luan: - Vai ser uma menina! - dei de ombros mastigando. Só conseguia ver Duda com outra menininha nos braços, e aquele pensamento me arrepiou por inteiro. Minha mente e coração entraram em conflitos, e outra vez bloqueei tudo o que me levava aquela gravidez.
Arthur deu de ombros e ficou em silêncio por alguns minutos, até terminar sua latinha de coca-cola e me surpreender.
Arthur: - Então vamos apostar?
Luan: - O que?
Arthur: - Se for menina você trata ela como filha, vai largar de ser tapado e assumir que é o pai, e se for menino a gente não vai precisar de você. Vamos saber nos cuidar, ai você vive a sua vida como quiser. Não vou mais te encher o saco pra você assumir ser pai do meu irmãozinho.
Quase engasguei quando ele terminou de falar. Por vezes eu duvidava se Arthur tinha realmente a idade que tinha ou se ele era real. Eu na idade dele quase comia terra, enquanto ele consegue me deixar de queixo caído e boca aberta falando pra mim coisas que ninguém jamais teve coragem de dizer.
Luan: - As coisas não funcionam assim Arthur! - engoli em seco tentando impor meu papel de pai
Arthur: - Sabia que não ia topar - suspirou - Eu encerro a aposta, mas ai na hora de comprar o presente de bebê eu escolho coisas de menino. Você de menina. Temos que levar dos dois, não sei o que vai ser. Vai que você tá certo e eu chego lá com uma blusa do super man.
Luan: - É só levar coisas unissex Arthur.
Arthur: - Você vai negar até presentes pro meu irmão? Caramba, o que ele te fez? Ele nem nasceu pai! Você é tão mal as vezes! - fez drama colocando a mão no peito. Acabei rindo da sua encenação
Luan: - Tudo bem Arthur, a gente compra o que você quiser. Agora termina de comer pra gente ir.
Arthur: - Eu vou pegar outra coca! - falou se levantando
Sorri negando, tão pequeno, tão mandão e tão esperto. Eu me orgulhava infinitamente do filho que tinha, e o amava de forma até inexplicável. De ontem pra hoje, por vezes tive medo. Medo de estar realmente negando esse amor á outra metade de mim que estava á caminho.
Enquanto Arthur terminava sua refeição, peguei meu celular para me distrair. Meus dedos me traíram e logo procurei por seu user. Sua última foto me deixou maluco.
Passei a manhã inteira andando de canto á canto aquele imenso parque. Ele parecia nunca ter fim, e mesmo que eu já tenho o visitado uma vez, eu ainda me encantava com as coisas que ali eu via. Mas não era apenas isso que me deixava feliz, e sim ver os olhos brilhando e a admiração constante naqueles olhinhos tão parecidos com os meus. Em meio ao caos, sua felicidade era a minha calmaria.
Paramos para "almoçar" quase na hora do lanche, e como em todos os dias aqui, iriamos comer uma besteira qualquer. Arthur estava amando isso, e eu muito mais, mesmo sabendo que depois eu sofreria na academia.
Arthur - Saindo daqui a gente pode ir comprar o presente da minha mãe e do meu irmão?
Luan: - Como você tem tanta certeza de que é um menino?
Arthur: - Não sei. Eu e minha mãe sentimos que é. - deu de ombros. Por um momento me permiti pensar na gravidez de Duda sem ver tudo aquilo como a mulher que eu amo carregando o filho de outro, e sim a apenas a mulher que eu amo gerando outra criança.
Luan: - Pois eu acho que não! - falei pegando Arthur de surpresa
Arthur: - E desde quando você pensa no neném da minha mãe?
Luan: - Vai ser uma menina! - dei de ombros mastigando. Só conseguia ver Duda com outra menininha nos braços, e aquele pensamento me arrepiou por inteiro. Minha mente e coração entraram em conflitos, e outra vez bloqueei tudo o que me levava aquela gravidez.
Arthur deu de ombros e ficou em silêncio por alguns minutos, até terminar sua latinha de coca-cola e me surpreender.
Arthur: - Então vamos apostar?
Luan: - O que?
Arthur: - Se for menina você trata ela como filha, vai largar de ser tapado e assumir que é o pai, e se for menino a gente não vai precisar de você. Vamos saber nos cuidar, ai você vive a sua vida como quiser. Não vou mais te encher o saco pra você assumir ser pai do meu irmãozinho.
Quase engasguei quando ele terminou de falar. Por vezes eu duvidava se Arthur tinha realmente a idade que tinha ou se ele era real. Eu na idade dele quase comia terra, enquanto ele consegue me deixar de queixo caído e boca aberta falando pra mim coisas que ninguém jamais teve coragem de dizer.
Luan: - As coisas não funcionam assim Arthur! - engoli em seco tentando impor meu papel de pai
Arthur: - Sabia que não ia topar - suspirou - Eu encerro a aposta, mas ai na hora de comprar o presente de bebê eu escolho coisas de menino. Você de menina. Temos que levar dos dois, não sei o que vai ser. Vai que você tá certo e eu chego lá com uma blusa do super man.
Luan: - É só levar coisas unissex Arthur.
Arthur: - Você vai negar até presentes pro meu irmão? Caramba, o que ele te fez? Ele nem nasceu pai! Você é tão mal as vezes! - fez drama colocando a mão no peito. Acabei rindo da sua encenação
Luan: - Tudo bem Arthur, a gente compra o que você quiser. Agora termina de comer pra gente ir.
Arthur: - Eu vou pegar outra coca! - falou se levantando
Sorri negando, tão pequeno, tão mandão e tão esperto. Eu me orgulhava infinitamente do filho que tinha, e o amava de forma até inexplicável. De ontem pra hoje, por vezes tive medo. Medo de estar realmente negando esse amor á outra metade de mim que estava á caminho.
Enquanto Arthur terminava sua refeição, peguei meu celular para me distrair. Meus dedos me traíram e logo procurei por seu user. Sua última foto me deixou maluco.
"Mantando o desejo que estava me matando! Melhor sorveteria da cidadee, que saudadeee! #MinhaCidadeMorena #QueSaudadeEuTava #DesejoForaDoNormal"
Não sei o que mais me pirou. A possibilidade daquele ser o seu primeiro desejo. A forma como ela estava tão meiga e linda, seu decote que quase me fez pular dentro do celular, ou a possibilidade de um certo alguém ter á levado ali para realizar seu desejo de grávida. Se fosse João Pedro, mesmo que o filho não fosse meu, eu me culparia. Ele não tinha nada que realizar os desejos de Duda. Qualquer que fosse. Saí daquela foto quando vi que o cíumes mesmo não estando mais junto dela me atormentava. Era mais forte que eu, e confesso nunca ter sentindo ciúmes tão demasiadamente intenso por ninguém como sinto dela. Isso as vezes assusta até a mim. Com certeza, em algum momento assustou á ela. E mesmo assim ela não quis fugir. Não me deixou. Nem mesmo quando eu mais á tratei de forma rude por conta dos ciúmes. E olha o que eu fiz? Na desconfiança, sem plena certeza de nada á deixei... deixei pra valer, e ainda á machuquei mais ainda pela forma que fiz isso.
Caramba Luan! Como você consegue ser tão otário assim? Já esta tudo mais do que provado! Duda te traiu, Renan parece não querer ela e nem o filho, e ela tenta te atingir emocionalmente. Isso. Apenas isso. Não há brechas para outra hipóteses. Apenas a fraqueza de um sentimento que me deixa jogar o erro dos acontecimentos nas minhas costas, quando a grande pecadora é ela. Maldito amor e suas façanhas!
Na tentativa de travar minha mente desse assunto, fui para o whatsaapp. Bruna não estava online, minha mãe também não, meu pai com certeza estaria ocupado e demoraria anos a me responder. Minha alternativa foram os grupos. "Venenosas" estava no topo de mensagens não lidas. Ri e me lembrei do dia em que eu e Duda o criamos. Espantei essa lembrança e fui ler as centenas de mensagens não lidas.
Laís, Rober, Douglas e Bruna eram quem mais conversavam, me arrancando risadas das coisas sem noção que falavam. Vi poquissímas mensagens de Duda, ela apenas aparecia quando á perguntavam algo. Cheguei então nas mensagens mais recentes. Mais precisamente da madrugada de ontem para hoje. Douglas estranhava o sumiço de Laís que sempre conversava por ali, e quem respondeu foi Rober anunciando que ela estava no hospital. Quando o perguntaram do motivo, Rober apenas enviou uma imagem que fez meu coração gelar:
A preocupação me fez suar. Mesmo sabendo que Laís á acompanhava. Me lembrei de imediato de quando ela perdeu nosso bebê. Não podia. Não podia estar acontecendo tudo outra vez. Não agora com ela sozinha, sem o meu apoio ou.... Mas que droga eu estou falando? Ah, foda-se. Senti medo. Medo de que ela realmente tivesse perdido a criança de novo, medo de que ela não estivesse bem, medo de que outra perca á deixasse depressiva, medo de que aquilo á afetasse mais do que da outra vez... medo de que ela realmente tivesse dito a verdade e eu... não acreditei... e que agora, tudo poderia estar de fato acabado.
Atordoado se quer li o restante das mensagens. Mesmo sabendo que tudo aconteceu á horas atrás, eu precisava de uma notícia. Uma confirmação... precisava ouvir da boca dela que estava tudo bem. No fundo me assustei. Senti no fundo do meu peito uma dor semelhante á de meses atrás quando ela perdeu o bebê. A diferença era que agora estava pior: a consciência pesada se juntava ao fundo do meu coração o fazendo pesar ainda mais.
Arthur: - Onde você vai? - perguntou espantado se pondo de pé quando me levantei. Tinha até por segundos me esquecido de onde eu estava ou com quem eu estava
Luan: - Eu, eu... - o celular que estava em meu ouvido começou a chamar, eu havia ligado pra Duda e se quer notado. Olhei Arthur e me lembrei do quão ele se sentia responsável pela mãe e pelo bebê - Não é nada. só vou ali de fora fazer uma ligação. Senta ai e termina de comer quietinho.
Arthur assentiu e me obedeceu voltando a sentar-se. Sai dali e fui para a parte de fora. Á cada vez que chamava meu coração parava mais ainda na boca. No coração um sentimento doentio de perca. No fundo, algo incrivelmente doloroso me dizia: tinha alguma coisa errada acontecendo. Com Duda e com... meu...ou minha... filha!
Ai meu coração de pobre e sofredora leitora
ResponderExcluirSem palavras para tau capítulo, acho que está mais que na hora do Luan acordar! Aguardando os próximos capítulos 👏
ResponderExcluirJá tá até falando que é dele o filho ou filha, aí meu Deus morta, o que será que Aconteceu com a Duda ???
ResponderExcluirMisericórdia, Duda não pode ter perdido o bebê,já estou vendo luanzinho começar a se arrepender é isso mesmo? Kkkkk plamdd contunuaa.
ResponderExcluirAnna
Misericórdia, Duda não pode ter perdido o bebê,já estou vendo luanzinho começar a se arrepender é isso mesmo? Kkkkk plamdd contunuaa.
ResponderExcluirAnna
Duda nao pode perder o bebê cara e ate quando o luan vai ficar nessa marra em?? Carambaa ele mudou muitooo, mas continuuuuaaa
ResponderExcluirMeu Deeeeeus !!
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