Tudo doía, e tive que me esforçar para conseguir olhar para o lado. Estava tudo escuro demais, apenas alguns pontos de luzes espalhados. Pisquei várias vezes. Minha visão toda embaraçada. Algo segurava minha mão. Era ela, eu podia sentir. Tentei a procurar com os olhos, mas a escuridão não permitia. Já me sentia exausto, tudo parecia tão difícil. Foi quando algo começou a fazer um barulho estranho. Sua mão saiu da minha de forma rápida, por alguns segundos um clarão me permitiu vê-la de relance. Seu celular tocava e assim que ela o colocou no ouvido a escuridão voltou. Mas eu podia ouvir sua voz, e aquilo por ora era suficiente.
Duda: - Tá tudo bem mãe?... Febre? Me deixa falar com ele... Arthur, tá tudo bem? Você quer que a mamãe vá pra casa?
Lembrei-me então de todas as vezes que ela conversava comigo. Arthur estava doente. Lembrei-me até do tombo que ele levou e ela me contou antes de interromper sua gargalhada por um choro sentido. Não fazia idéia de quantos dias eu estava ali, de tudo o que perdi ou o que estava realmente acontecendo. Finalmente senti meu corpo todo. Não enxergava, mas eu sentia vários fios ligados á mim. Ouvi os insistentes bips que me atormentaram tanto soarem cada vez mais rápido. Ouvi Duda levantar de pressa e gritar por um médico. Não tive mais forças, adormeci de novo.
Estava tudo claro. Claro demais. Alguém passava algo vagarosamente sobre cada ponto do meu rosto. Era gostoso, o cansaço de ontem diminuiu, o sono também. Como alguém que acorda de um sono profundo ao meio dia, abri meus olhos. Vi um par de olhos castanhos se arregalarem. A claridade era demais. Fechei novamente meus olhos os apertando.
Senti uma lágrima cair sobre meu rosto e incomodado abri meus olhos de novo. Fui impedido de ver qualquer coisa quando alguém me abraçou me cegando com vários fios castanhos sobre meu rosto. Ouvi soluços. Conheceria aquilo mesmo a quilômetros.
Luan: - Bubu, cê tá me sufocando. - ri de leve tudo doía, até conversar era cansativo
Bruna: - Meu Deus, você tá conversando normal, você se lembra de mim, meu Deus, meu Deus!
Minha irmã estava eufórica. Eu não conseguia entender nada, Bruna soltou-se de mim e encheu meu rosto de beijos. Ela não parava de chorar e eu já estava assustado. Mas era visível todo o seu alívio. E como sempre, se ela estava feliz, eu ficava também. Mesmo sem entender exatamente o que estava acontecendo.
*Duda Narrando
Arthur estava todo enjoadinho. Estava cheio de dores de cabeça e febre, finalmente havia cessado as náuseas, mas mesmo assim como todo filho doente, não queria desgrudar da mãe, mesmo que a avó estivesse lá para o encher de mimos.
Duda: - Não acha que o Arthur tá dormindo demais? Se eu soubesse tinha ido pro hospital. O médico disse que na noite de ontem ele deve ter acordado, por isso a mudança nos sinais. Não acredito que tava ao lado dele e não vi. Não o manti acordado!
Ana: - Filha, ele tá cheio de remédios e recém saindo de um coma. Nem se você implorasse ele seria mais forte que aquelas medicações. E não se preocupa com o Luan. Tá todo mundo lá não tá? O Arthur precisa da mamãe dele agora. E esse bebê também. - sorriu acariciando minha barriga - Você anda mal dormindo desde que tudo aconteceu. Eu te ouço todas as noites. Come mal, dorme mal... Cuida um pouquinho mais de você, desse bebê, do Arthur! Quando o Luan acordar vai precisar de vocês saudáveis para ajudá-lo.Você sabe que vai ser difícil. Mesmo que ele não tenha sequelas, é muito provável que ele dê várias convulsões até que o organismo dele se acostume. Você tem que estar saudável. Por ele, pelos seus filhos... por você, por mim filha! - sorri cansada. Suspirei e deitei a cabeça no ombro de minha mãe
Duda: - Me sinto tão culpada mãe!
Ana: - Não sinta! Já pensou se estivesse naquele carro com ele? Nem você e nem esse bebê estariam vivos!
Duda: - A Marizete mal fala comigo. Já ficou tudo estranho quando duvidaram da minha gravidez, e agora isso... Parece que não é pra ser eu nessa família!
Ana: - Quem tem que te amar é o Luan, e não algum deles! E você tem a Bruna também. Ela é uma boneca e sempre me pergunta como você está!
Duda: - Ela não confia em mim - ri - Acha que vou deixar de comer ou outra coisa maluca.
Ana: - Falando nela. - sorriu
Minha mãe se esticou e pegou meu celular sobre a mesinha de centro. Senti meu coração disparar. Era Bruna quem estava com Luan agora.
Bruna: - Duda! - sua voz estava eufórica apesar de resquícios de choro. E naquele momento eu pude sentir. Mesmo sem ela falar nada, em meu coração uma tonelada de peso se esvaiu - Ele acordou Du! Acordou e não para de chamar por você. Ela tá tão bem! Nosso menino voltou cunha!
Chorei. Chorei como nunca. Chorei de alívio. Chorei por poder deixar ir embora todo aquele medo de o perder. Chorei por saber que ele se lembrava, que estava bem. Chorei pois todas as minhas orações surtiram efeito. Meu menino iria voltar pra casa.
Ana: - O que houve? O Luan ta bem? Ele acordou? Fala menina!
Duda: - Ele acordou mãe!
Bruna: - Siiim!
Antes que eu pudesse rir da minha alegria e de Bruna, ouvi a voz de um Arthur eufórico descendo as escadas.
Arthur: - Meu pai acordou?
Olhei para trás para o pedir que não descesse as escadas correndo, mas foi tarde demais. Com toda a empolgação para saber mais do pai, vi o momento exato quando a apenas cinco degraus do chão Arthur tropeçou nos próprios pés e caiu escada abaixo.
Gritei por seu nome, mas ele parecia inconsciente. Joguei o celular. O alívio que a pouco havia saído do meu coração, voltou á tona.
*Luan Narrando
Já haviam me explicado exatamente tudo o que havia acontecido. O acidente, os procedimentos cirúrgicos, o motivo de mal sentir minha perna... Eu teria de fazer várias sessões de fisioterapia. Acabei tendo uma complicação na perna por conta das ferragens do carro. Revi minha mãe, pai, familiares e amigos de Campo Grande que estavam ali desde que tudo ocorreu. Minha banda, equipe de estrada e escritório. Definitivamente todas as pessoas... Eu estava exausto já. Minha cabeça doía de forma inquietante. Mas ainda faltava ela. Sempre que eu perguntava ou mudavam de assunto ou não sabiam me dizer. Fiquei com medo. Medo dela ter desistido de mim e ninguém ter coragem de me avisar. Mas no fundo eu sabia que não poderia ter sido isso. Me lembro com clareza de todas as histórias, do seu toque, do seu choro, da ligação fora do normal que tivemos quando eu estava inconsciente. Foi por ela que acordei. Por ela e por meus filhos, e tudo o que eu mais queria no mundo era vê-los.
Marizete: - Vou passar a noite com você hoje meu bem! - disse sorrindo ainda emocionada enquanto acariciava meu cabelo.
Luan: - Ela não vem mãe? Cadê ela?
Marizete: - Não, não fica agitado! Filho, esquece ela um pouquinho. Todo mundo que te ama esteve aqui. Descansa agora.
Luan: - Por quê ta assim? Vamos, fala logo, por que ela não veio? Ela veio todos os dias, eu sei, eu ouvia, eu sentia ela mãe.
Marizete: - Você nos ouvia? Se lembra de quando...
Luan: - Eu só ouvia ela mãe. - vi a decepção brotar nos olhos dela - Desculpa, mas é que não dá pra explicar. Eu sentia quando ela tava aqui. Não entendia muito, mas ouvia sua voz. Ouvi ela contar sobre um tombo do Arthur e de que ele estava com... eu não me lembro!
Marizete: - Dengue! Ele está com dengue! - me olhava assustada - Como ouvia? Como se lembra? É impossível!
Luan: - Eu não vi quando bati mãe. Não sei como aconteceu. Só vi os olhos dela. O tempo todo eu via ela, e quando começava a sumir eu me desesperava. Ai ela vinha me ver, eu ouvia, eu sentia e me acalmava. Pode ser loucura, mas estive em paz por todos esses dias.
Marizete: - Você bateu culpa dela! - disse cheia de raiva
Luan: - O que? Não mãe!
Marizete: - Você não se lembra e só viu ela, você mesmo disse! Vocês brigaram, como sempre. E você deve ter saído nervoso. É tudo culpa dela Luan, você não vê? Olha o que essa mulher tá te causando! A Bruna sempre teve razão!
Vi uma mágoa gigante nos olhos marejados de minha mãe. Não conseguia entender como ela podia achar aquilo da Duda.
Luan: - Você tá errada! Talvez se eu não tivesse á visto teria sentido toda a dor do acidente! Mãe, ela me deu paz quando eu estava inconsciente. Tivemos uma ligação que livro nenhum explica. É o amor mãe. Você não deve odiá-la. Todo casal briga e a culpa nem sempre é dela!
Marizete: - Dorme Luan, você teve um dia difícil. amanhã conversamos! - fungou irredutível
Luan: - Só me fala... Cadê ela?
Marizete: - Ela não importa, eu tô aqui com você!
Luan: - Cadê ela e o Arthur mãe?
Marizete: - Não fica nervoso Luan! - pediu apavorada olhando meus batimentos em uma tela próximo a mim
Luan:- Cadê a Bruna? Eu quero passar a noite com a Bruna!
Marizete: - Não faz assim Luan!
Luan: - Mãe, eu amo ela, você tá magoada com ela e isso não me faz bem. Não depois de viver o que vivi. Entende mãe, é coisa de outra dimensão eu e ela. Eu senti. Não á odeie, não á culpe!
Marizete: - Ela já te fez sofrer tanto filho. - chorou
Luan: - Eu também já á fiz sofrer muito mãe. Não sou perfeito. Sou um homem como qualquer outro. Já ferrei muito com o coração dela. E ela continuou aqui, vindo me ver todos os dias. E ela é tão maravilhosa que aposto que se sente culpada por tudo. Não faz todo esse sentimento dela aumentar. - segurei a mão de minha mãe e á levei a boca - Eu amo você. Mas amo ela também. Não faça isso ser insuportável pra mim!
Duda: - Tá tudo bem mãe?... Febre? Me deixa falar com ele... Arthur, tá tudo bem? Você quer que a mamãe vá pra casa?
Lembrei-me então de todas as vezes que ela conversava comigo. Arthur estava doente. Lembrei-me até do tombo que ele levou e ela me contou antes de interromper sua gargalhada por um choro sentido. Não fazia idéia de quantos dias eu estava ali, de tudo o que perdi ou o que estava realmente acontecendo. Finalmente senti meu corpo todo. Não enxergava, mas eu sentia vários fios ligados á mim. Ouvi os insistentes bips que me atormentaram tanto soarem cada vez mais rápido. Ouvi Duda levantar de pressa e gritar por um médico. Não tive mais forças, adormeci de novo.
Estava tudo claro. Claro demais. Alguém passava algo vagarosamente sobre cada ponto do meu rosto. Era gostoso, o cansaço de ontem diminuiu, o sono também. Como alguém que acorda de um sono profundo ao meio dia, abri meus olhos. Vi um par de olhos castanhos se arregalarem. A claridade era demais. Fechei novamente meus olhos os apertando.
Senti uma lágrima cair sobre meu rosto e incomodado abri meus olhos de novo. Fui impedido de ver qualquer coisa quando alguém me abraçou me cegando com vários fios castanhos sobre meu rosto. Ouvi soluços. Conheceria aquilo mesmo a quilômetros.
Luan: - Bubu, cê tá me sufocando. - ri de leve tudo doía, até conversar era cansativo
Bruna: - Meu Deus, você tá conversando normal, você se lembra de mim, meu Deus, meu Deus!
Minha irmã estava eufórica. Eu não conseguia entender nada, Bruna soltou-se de mim e encheu meu rosto de beijos. Ela não parava de chorar e eu já estava assustado. Mas era visível todo o seu alívio. E como sempre, se ela estava feliz, eu ficava também. Mesmo sem entender exatamente o que estava acontecendo.
*Duda Narrando
Arthur estava todo enjoadinho. Estava cheio de dores de cabeça e febre, finalmente havia cessado as náuseas, mas mesmo assim como todo filho doente, não queria desgrudar da mãe, mesmo que a avó estivesse lá para o encher de mimos.
Duda: - Não acha que o Arthur tá dormindo demais? Se eu soubesse tinha ido pro hospital. O médico disse que na noite de ontem ele deve ter acordado, por isso a mudança nos sinais. Não acredito que tava ao lado dele e não vi. Não o manti acordado!
Ana: - Filha, ele tá cheio de remédios e recém saindo de um coma. Nem se você implorasse ele seria mais forte que aquelas medicações. E não se preocupa com o Luan. Tá todo mundo lá não tá? O Arthur precisa da mamãe dele agora. E esse bebê também. - sorriu acariciando minha barriga - Você anda mal dormindo desde que tudo aconteceu. Eu te ouço todas as noites. Come mal, dorme mal... Cuida um pouquinho mais de você, desse bebê, do Arthur! Quando o Luan acordar vai precisar de vocês saudáveis para ajudá-lo.Você sabe que vai ser difícil. Mesmo que ele não tenha sequelas, é muito provável que ele dê várias convulsões até que o organismo dele se acostume. Você tem que estar saudável. Por ele, pelos seus filhos... por você, por mim filha! - sorri cansada. Suspirei e deitei a cabeça no ombro de minha mãe
Duda: - Me sinto tão culpada mãe!
Ana: - Não sinta! Já pensou se estivesse naquele carro com ele? Nem você e nem esse bebê estariam vivos!
Duda: - A Marizete mal fala comigo. Já ficou tudo estranho quando duvidaram da minha gravidez, e agora isso... Parece que não é pra ser eu nessa família!
Ana: - Quem tem que te amar é o Luan, e não algum deles! E você tem a Bruna também. Ela é uma boneca e sempre me pergunta como você está!
Duda: - Ela não confia em mim - ri - Acha que vou deixar de comer ou outra coisa maluca.
Ana: - Falando nela. - sorriu
Minha mãe se esticou e pegou meu celular sobre a mesinha de centro. Senti meu coração disparar. Era Bruna quem estava com Luan agora.
Bruna: - Duda! - sua voz estava eufórica apesar de resquícios de choro. E naquele momento eu pude sentir. Mesmo sem ela falar nada, em meu coração uma tonelada de peso se esvaiu - Ele acordou Du! Acordou e não para de chamar por você. Ela tá tão bem! Nosso menino voltou cunha!
Chorei. Chorei como nunca. Chorei de alívio. Chorei por poder deixar ir embora todo aquele medo de o perder. Chorei por saber que ele se lembrava, que estava bem. Chorei pois todas as minhas orações surtiram efeito. Meu menino iria voltar pra casa.
Ana: - O que houve? O Luan ta bem? Ele acordou? Fala menina!
Duda: - Ele acordou mãe!
Bruna: - Siiim!
Antes que eu pudesse rir da minha alegria e de Bruna, ouvi a voz de um Arthur eufórico descendo as escadas.
Arthur: - Meu pai acordou?
Olhei para trás para o pedir que não descesse as escadas correndo, mas foi tarde demais. Com toda a empolgação para saber mais do pai, vi o momento exato quando a apenas cinco degraus do chão Arthur tropeçou nos próprios pés e caiu escada abaixo.
Gritei por seu nome, mas ele parecia inconsciente. Joguei o celular. O alívio que a pouco havia saído do meu coração, voltou á tona.
*Luan Narrando
Já haviam me explicado exatamente tudo o que havia acontecido. O acidente, os procedimentos cirúrgicos, o motivo de mal sentir minha perna... Eu teria de fazer várias sessões de fisioterapia. Acabei tendo uma complicação na perna por conta das ferragens do carro. Revi minha mãe, pai, familiares e amigos de Campo Grande que estavam ali desde que tudo ocorreu. Minha banda, equipe de estrada e escritório. Definitivamente todas as pessoas... Eu estava exausto já. Minha cabeça doía de forma inquietante. Mas ainda faltava ela. Sempre que eu perguntava ou mudavam de assunto ou não sabiam me dizer. Fiquei com medo. Medo dela ter desistido de mim e ninguém ter coragem de me avisar. Mas no fundo eu sabia que não poderia ter sido isso. Me lembro com clareza de todas as histórias, do seu toque, do seu choro, da ligação fora do normal que tivemos quando eu estava inconsciente. Foi por ela que acordei. Por ela e por meus filhos, e tudo o que eu mais queria no mundo era vê-los.
Marizete: - Vou passar a noite com você hoje meu bem! - disse sorrindo ainda emocionada enquanto acariciava meu cabelo.
Luan: - Ela não vem mãe? Cadê ela?
Marizete: - Não, não fica agitado! Filho, esquece ela um pouquinho. Todo mundo que te ama esteve aqui. Descansa agora.
Luan: - Por quê ta assim? Vamos, fala logo, por que ela não veio? Ela veio todos os dias, eu sei, eu ouvia, eu sentia ela mãe.
Marizete: - Você nos ouvia? Se lembra de quando...
Luan: - Eu só ouvia ela mãe. - vi a decepção brotar nos olhos dela - Desculpa, mas é que não dá pra explicar. Eu sentia quando ela tava aqui. Não entendia muito, mas ouvia sua voz. Ouvi ela contar sobre um tombo do Arthur e de que ele estava com... eu não me lembro!
Marizete: - Dengue! Ele está com dengue! - me olhava assustada - Como ouvia? Como se lembra? É impossível!
Luan: - Eu não vi quando bati mãe. Não sei como aconteceu. Só vi os olhos dela. O tempo todo eu via ela, e quando começava a sumir eu me desesperava. Ai ela vinha me ver, eu ouvia, eu sentia e me acalmava. Pode ser loucura, mas estive em paz por todos esses dias.
Marizete: - Você bateu culpa dela! - disse cheia de raiva
Luan: - O que? Não mãe!
Marizete: - Você não se lembra e só viu ela, você mesmo disse! Vocês brigaram, como sempre. E você deve ter saído nervoso. É tudo culpa dela Luan, você não vê? Olha o que essa mulher tá te causando! A Bruna sempre teve razão!
Vi uma mágoa gigante nos olhos marejados de minha mãe. Não conseguia entender como ela podia achar aquilo da Duda.
Luan: - Você tá errada! Talvez se eu não tivesse á visto teria sentido toda a dor do acidente! Mãe, ela me deu paz quando eu estava inconsciente. Tivemos uma ligação que livro nenhum explica. É o amor mãe. Você não deve odiá-la. Todo casal briga e a culpa nem sempre é dela!
Marizete: - Dorme Luan, você teve um dia difícil. amanhã conversamos! - fungou irredutível
Luan: - Só me fala... Cadê ela?
Marizete: - Ela não importa, eu tô aqui com você!
Luan: - Cadê ela e o Arthur mãe?
Marizete: - Não fica nervoso Luan! - pediu apavorada olhando meus batimentos em uma tela próximo a mim
Luan:- Cadê a Bruna? Eu quero passar a noite com a Bruna!
Marizete: - Não faz assim Luan!
Luan: - Mãe, eu amo ela, você tá magoada com ela e isso não me faz bem. Não depois de viver o que vivi. Entende mãe, é coisa de outra dimensão eu e ela. Eu senti. Não á odeie, não á culpe!
Marizete: - Ela já te fez sofrer tanto filho. - chorou
Luan: - Eu também já á fiz sofrer muito mãe. Não sou perfeito. Sou um homem como qualquer outro. Já ferrei muito com o coração dela. E ela continuou aqui, vindo me ver todos os dias. E ela é tão maravilhosa que aposto que se sente culpada por tudo. Não faz todo esse sentimento dela aumentar. - segurei a mão de minha mãe e á levei a boca - Eu amo você. Mas amo ela também. Não faça isso ser insuportável pra mim!
[...]
Luan: - Você podia me dizer o por que dela não ter vindo até agora! Tô ficando preocupado já!
Bruna: - Eu não posso Pi. - riu de leve sem cessar seu cafuné - O médico me mata. Mas ela tá louca pra te ver. Realmente é algo que ela não pode adiar.
Luan: - Meu Deus! Ela fez o ultrassom? - perguntei eufórico ao me lembrar
Bruna: - Não. Ela disse que te esperaria para saberem juntos. - sorriu - Você vai se espantar. A barriguinha dela ta linda!
Luan: - Eu imagino. Por que não me mostra uma foto dela?
Bruna: - Ela não vem postando nada. Espera, tem uma que ela me enviou no whats. A mãe dela á obrigou á tirar antes dela vir te ver.
Vi minha irmã mexer rápido em seu celular. Senti saudades do meu. Ri sozinho disso. Logo ela me entregou o seu em uma imagem que fez meus olhos marejarem.
Ela estava linda! Sua barriguinha estava linda. E naquele momento agradeci. Agradeci a Deus por ter me dado a vida novamente. Sem sequelas, sem nada que me atrapalhasse a ser o melhor pai do mundo para os meus dois filhos. Agradeci por ter me dado ela. Agradeci por ter me permitido ver seus olhos que tanto me acalmaram no meu pior momento. Agradeci por ter um amor completo que tantos procuram por aí.
Luan: - E minhas fãs? Ai meu Deus! - curioso sai da foto. Antes que eu pudesse entrar em qualquer rede social minha, Bruna tomou o celular da minha mão
Bruna: - Nada disso. O médico disse que não pode emoções fortes. Por enquanto nada de internet. Só quero que saiba que elas cumpriram o Sempre com você.
Outra vez agradeci á Deus. Eu era um cara muito, muito abençoado.
Bruna: - Agora você tem que dormir. Os remédios precisam que você dorme, ou então os médicos virão te dopar. - riu
Luan: - Não precisam. Isso que aplicaram na veia da um sono danado. Ao menos to repondo todo o sono que perdi fazendo shows na vida inteira. - ri
Bruna: - Você vê lado bom em tudo. - sorriu passando a mão em meu rosto - Senti falta disso. De você.
Luan: - Eu também Bubu. Mesmo que eu não tenha tido noção de nada, no fundo sabia que faltava algo.... E você se incluía na lista principal disso.
Bruna: - Eu te amo tanto! Não assusta a gente assim mais não. Se eu te perdesse eu... - minha irmã não completou a frase, caiu do choro. Queria poder abraçá-la, levantar-me e fazer algo. Mas eu estava preso naquela cama, a única coisa que pude fazer foi apertar sua mão que desde quando ela adentrou não saiu da minha
Luan: - Não pensa nada. Eu tô aqui, vivo, com você. Vamos viver muitas coisas juntos ainda. Seu irmão aqui nunca vai te abandonar. Você é minha metade lembra? Minha princesinha, minha boneca! Tenho que cuidar de você pra sempre, e vou fazer isso. Confia em mim. Não vou te deixar nunca.
Bruna me abraçou como pode. Eu a amava tanto, tanto. Com seu jeito mandão ela me mandou dormir. Ri. Estava feliz por ela estar ali. Por ter sido ela a primeira pessoa que vi. No fundo, eu estava feliz. Sentia em meu coração que logo veria Duda, sentia que ela estava bem... e isso me fazia bem.
Luan: - Pi? - a chamei sonolento
Bruna: - Oi?
Luan: - Não deixa a mãe odiar ela.
Bruna: - Não vou deixar. Não vou deixar que ela cometa o mesmo erro que eu.
Senti um beijo em minha testa e me deixei levar pelo sono. Adormeci com ela na mente. Adormeci com ela no coração. Queria tanto vê-la, mas meu coração se aquietava. Sabia que em breve isso aconteceria. Só me preocupava pelo motivo dela não estar ali ainda. Rezei do fundo do meu coração para que não fosse nada com Arthur. Eu precisava do meu filho e dela ao meu lado agora mais do que nunca!
_________________________________________________
Vocês estão me matando de amores com todos esses comentários ♥ Obrigado de coração!
Agora voltando ao capítulo, o que estão achando? Luan enfim acordou e aparentemente sem sequelas. Mas não reviu Duda ainda... Será que Arthur está bem?
Como será o reencontro do nosso casal? E a recuperação do Luan?
Marizete parece bem contra a Duda por esses dias.... será que isso irá interferir no nosso casal?
Espero que estejam gostando, em breve terá maratona, estou preparando algo bem legal pra vcs!
Beijooos
Contínua
ResponderExcluirAi que maravilha vai ter MARATONAA.To louca ja por um reencontro dos dois.Luan ficará tão feliz,espero que ñ seja nada grave com o Arthur .Passei o dia todo atualizando aqui pra vc se tenho capitulo novo e gracas a Deus atualizei agr e ve que tinha.Bia nao some mais,tenta fazer essa maratona ainda essa semana,quando vc some fico tao triste,ñ some meu coracao apertar de saudades.E vc escreve maravilhosamente bem,te acompanho desde o Amor Coloriu e te acompanho desde o começa dessa ate hj,e é a historia em que eu tenho prazer de ler e viver atualizando esses capitulos,sei lá seu jeito delicado de escrever,dos minimos detalhes,de tudo.Amo sua fanfic de todo coração e vc tbm ! ♥♥♥
ResponderExcluirAiiiiiiiiii que lindoooooooo ❤️❤️❤️
ResponderExcluirNossaaaa isso tá maravilhoso.vc é maravilhosa. A melhor fic q já li até hj.
ResponderExcluirAhhhhhh que lindo cara! 😍 Já diz o Roberto Carlos: São muitas emoções ❤ Tadinho do Arthur, espero que não seja nada grave..E espero também que dona Mari não odeie a Duda, a culpa não foi dela coitada. To amando muitoooo! Continuuuaaaa
ResponderExcluirMeu Deus,esses capítulos estão cada vez melhores😍😍😍
ResponderExcluirContinua logo,please😢
Aaai meu Deus 😢 eu choro dmais viu q amor esses ermãos ❤😢 mas triste Marizete ñ pode odiar ela Bia pf 🙏 ñ aguento mais ver os dois sofrerem 😢😢 tomara q o Arthur esteja bm chega de sofrencia hehe cont logo princesa ❤🙏 enquanto isso vou ler dnovo !!!
ResponderExcluirNossa estou sem palavras pra esse capítulo.
ResponderExcluirJá quero outro!
A Duda e muito forte mesmo , primeiro Luan agora o Arthur cai da escada , é una mulher que merece ser feiz extremamente porque é cada baque que ela passa e mesmo assim continua com a cabeca erguida ! Tomara que não tenha sido nada grave com o Arthur.
ResponderExcluirCapítulo maravilhoso.😍😍😍
ResponderExcluirEspero que o Arthur esteja bem🍃
E o reencontro seja perfeito❤
CONTINUA BIA, JÁ TÔ FICANDO LOCAAAAAAA
ResponderExcluirCerteza bia que você quer me matar do coração,
ResponderExcluirquando não é o Luan é o Arthur.
Maaas enfim ele acordou, Dona Marizeta ta demais :O
To amando ♥
Evelyn Souza
Um dia vc me mata d ansiedade kkk
ResponderExcluirPrimeiro pro Luan acordar logo,ele enfim acordou, amém
Segundo por saber se o Arthur esta bem
Terceiro o reencontro dos dois pombinhos
Até lá eu morrooooooo de ansiedade
Posta mais, q estou amando <3
A Duda tá enfrentando uma pesada, primeiro foi o Luan, agora o Arthur, espere que ele esteja bem. Continuaaaaa
ResponderExcluirNada a ver a Dona Mari coloca a culpa na Duda.
ResponderExcluirAinda beem que ele está bem. Quero como está o Arthur coitadinho.
#QueremosOReencontroDoCasal
Bjoos😘
Continuaaaa ❤❤
ResponderExcluirContinuaaaa ❤❤
ResponderExcluirContinua Bia por favor
ResponderExcluir❤❤❤❤❤❤❤ Muito amor nesse capítulo, já quero a maratona Bia haha. Continua logooooooo!
ResponderExcluirNão to sabendo lidar com esse capítulo! Continuaaaa
ResponderExcluir