No dia seguinte não vi meu pai nem minha mãe. Pela manhã levei Arthur a aula de natação, almoçamos no shopping com Laís e a tarde o levei para escola. Segundo minha amiga meus pais estavam mais pensativos que o normal no dia de hoje.
Duda: - Será que eles vão ao jantar? - perguntei entrando em meu novo escritório.
Laís: - Com toda certeza. Eles vão ceder, relaxa. Eles e a Marizete também.
Duda: - Tomara. - suspirei - Pega um café pra mim?
Laís: - Pego. Seu celular ta vibrando na bolsa.
Laís saiu da minha sala e eu peguei meu celular, era Luan perguntando como eu e Arthur estávamos. Conversamos rápido e me despedi dele quando Laís trouxe meu café.
Duda: - Por que você não muda pra São Paulo?! Trabalha aqui, por favor! - pedi quase implorando. Laís trabalharia comigo, mas de Campo Grande, faria tudo a distância.
Laís: - Se eu vir, o Rober vai querer que eu more com ele. Não quero isso, a gente tá junto á tão pouco tempo.
Duda: - Então explica pra ele que você vem, mas que quer seu canto. Eu vou precisar de você quando a gravidez avançar.
Laís: - Alguém precisa continuar levando o nome do seu pai lá em Campo Grande!
Duda: - A gente dá conta de conciliar as duas coisas com você aqui.
Laís: - Eu vou pensar. Ano que vem, quem sabe.
Duda: - É muita coisa! - fiz careta.
Laís: - Sei que você não vive sem mim, mas já disse, vou vir te ver sempre, ainda mais agora que tá grávida. Você tem a Bruna aqui, não precisa de mim. - fez drama
Duda: - Para! Você sabe que ninguém te substitui!
Laís: - Não é o que parece!
Duda: - Larga de bobeira Laizinha! - ri saindo da minha mesa e indo a abraçar
Laís: - Nem me dá moral mais, - fez bico
Duda: - Dou! E tenho um convite pra te fazer que não fiz pra ninguém ainda. Assim você para de drama? - ri a esmagando
Laís: - Me larga e eu posso pensar!
Duda: - Quero que você seja a minha madrinha de casamento. Ainda não falei com o Luan, mas com certeza ele quer o Rober com você!
Laís: - Achei que não ia me chamar mais rapariga! - esmagou-me rindo - Pra quando é?
Duda: - Vai depender de uma coisa. - corei voltando pra minha cadeira
Laís: - Que coisa? - riu desconfiada
Contei da minha aposta com Luan pra Laís á fazendo me zoar sem parar. A tarde passou rápido, e eu estava extremamente feliz por voltar a exercer minha profissão.
A noite chegou e com ela meu nervosismo também. Não havia visto meus pais, e se quer sabia se eles iriam a esse jantar, e também não sabia o que esperar vindo de Marizete. Pelos áudios que troque com Luan, ele estava tão tenso como eu.
Laís: - Tem certeza que não fica chato eu e o Rober ir? É um jantar de família!
Duda: - Vocês são uma família pra gente! E o Luan convidou o Heman também. O Breno vai e com certeza o Caio também. O Marquinhos se não me engano chega hoje também. - falei enquanto passava um batom
Laís: - É quase um churrasco! - riu - Não fica chato o clima? Você sabe, o Marquinho e eu...
Duda: - Não fica. Ele nem o Rober tem coisa com isso. Relaxa. Esse vestido ta mesmo bom? - perguntei me virando pra ela com um vestidinho preto colado em cima e rodado em baixo
Laís: - Ta ótimo, sua barriguinha ta linda! Mas não muda de assunto, não quero ficar sobrando na mesa.
Duda: - Não vai! Você acha que meus pais vão? - perguntei passando o batom
Laís: - Seu padrasto ta todo arrumado, e sua madrasta no banho. Então sim, provavelmente eles vão. Quanta gente! Será que tem comida pra isso tudo?
Duda: - Tem. - ri - Não tem miséria de comida nunca com dona Marizete! - admiti sorrindo - E tô torcendo pra ela fazer daquela pizza de peixe que o Luan gosta. Ando sonhando com ela!
Laís: -Você falando assim deu atá água na boca. - sorriu
Terminei de me arrumar dentro de alguns minutos, Arthur estava com Rober já pronto jogando cartas, e tive que rir da cena onde Rober insistia em dizer que meu filho estava trapaceando.
Arthur: - Eu sou uma criança cara, você tem que me deixar ganhar! Não é mãe?
Duda: - Eu não sei de nada. - ri e olhei ansiosa para a escada. Já estavamos cerca de 10 minutos atrasados e até agora nem meu pai nem minha mãe havia descido para nos acompanhar até a casa de Luan
Rober: - Relaxa Duda. Tá na nossa hora, vamos? - olhei hesitante de novo para a escada e senti a mão de meu amigo sobre meu ombro - Eles sabem o caminho. Não vamos nos atrasas mais não é mesmo?
Suspirando eu assenti. Ajeitei a gola da blusa de Arthur e peguei em sua mão enquanto iamos os quatro para o carro. Rober quis ir dirigindo, e ao eu entrar no banco de trás com meu filho, dei uma última olhada nas janelas dos quartos de hóspedes onde ambos estavam. Apenas a da minha mãe estava acesa, e no fundo eu estava decepcionada por nem mesmo ela fazer questão de ir.
Tirei esses pensamentos da minha mente quando senti Arthur colocar a cabeça sobre minha barriga e começar a conversar com a irmazinha. Aquele foi um dos momentos mais encantadores da minha gravidez, e se quer percebi o quão rápido foi o trajeto até a casa de Luan.
Rober: - Respira Dudinha! Até parece que vai conhecer agora os pais do Luan! - zoou
Duda: - Só não sei o que esperar vindo da minha querida sogra. - falei me tom de ironia
Rober: - Mari é um doce, e sabe adimitir quando esta errada. - sorriu tranquilizador. - Bora? Tô morrendo de fome!
Descemos do carro e Laís me deu seu braço como apoio. Rober, mais de casa do que nunca foi o primeiro a entrar quando Rita, a empregada nos abriu a porta.
Rita: - Você ta linda Duda! Essa barriguinha ta cada vez maior!
Duda: - Obrigado Ritinha! - a abracei sorrindo
Rita: - Até você me chamando assim? Luan me paga! - disse quase brava me fazendo rir
Assim que cruzei a sala vazia, a primeira pessoa que vi foi Amarildo, que fez questão de me abracar e brincar com minha barriga carinhosamente antes de pegar Arthur no colo lhe dizendo ter que mostrar algo e sumindo escadas acima. Ao chegar na áera onde Luan costumava fazer seus churrascos, a grande mesa de madeira estava toda coberta por sacolas de lojas enquanto ele e Bruna riam de algo.
Laís: - Natal chegou mais cedo? - perguntou rindo e se aproximando para cumprimentá-los
Luan: - Nada. Isso é só os trem de loja que eu e a Bruna recebeu esses dias. - riu erguendo o rosto de uma touca que ele analisava - Uau. Ta querendo me matar loira? - fez graça sorrindo pra mim
Revirei os olhos e me aproximei dele ganhando um selinho casto.
Luan: - Olha só amor! - puxou uma cadeira empolgado. Sobre ela estava uma pilha de roupas de bebê, e meus olhos quase brilharam ao começar a vê-las - Uma loja mandou isso e mais uma caixa com coisas pro quartinho!
Bruna: - Eu tô louca pra abrir, mas o Pi não quer deixar. - reclamou - Olha esse cunha. - ergueu um vestidinho minúsculo de oncinha
Duda: - Meu Deus! Que coisa mais linda! - sorri largo encantada
*Luan Narrando
Os olhos de Duda brilhavam com uma intensidade inebriante enquanto ela olhava as dezenas de coisinhas para bebê que nos enviaram. Era uma coisa mais linda que a outra, porém, mais bonito do que tudo isso era a felicidade estampada naqueles olhos verdes lindo. Tive vontade de esmagá-la naquele momento e beija-la até minha boca doer de tão linda que ela estava.
Olhei ao redor e somente Rober e Laís vieram com ela. Estremeci. Seus pais não podiam lhe fazer essa desfeita!
Rober: - Marquinhos não veio hoje boi?
Olhei-o e naquele instante tive uma idéia louca.
Luan: - Veio, aliás, ta na hora de pegar ele no aero. Vamos lá cara?
Duda, minha irmã ou Laís nem ligaram, estavam todas babando nas roupinhas da minha filha. Eu não tinha nada que buscar Marquinhos, pelo contrário, o voo dele chegaria de madrugada e ele viria de Uber, porém eu iria até a casa de Duda e arrastaria seus pais nem que sejam a força até aqui. Minha determinação para isso estava em seu maior nível até eu abrir a porta da minha casa e ver um carro estacionando ali em frente.
Rober: - Vai cara! - empurrou-me da porta
Luan: - Não precisa mais. Eles vieram. - falei sentindo todo meu corpo ficar tenso
Rober me olhou confuso e de forma rápida lhe contei o que realmente estava acontecendo.
Rober: - E agora vai ficar ai com cara de taxo?
Luan: - Seu Pedro quer me ver sem as bolas cara. - sussurrei ao vê-lo descer do carro com a madrasta de Duda
Rober: - Pelo menos a mãe dela parece feliz. - deu de ombros e eu olhei minha sogra e seu atual marido. A vi sorrir pra mim de longe e tentei ficar mais calmo. Queria permanecer com minhas bolas e a pele da minha unha até o fim do jantar!
Dona Ana foi a primeira e chegar até a mim me abraçando de forma gentil.
Ana: - Não nos decepcione garoto! - disse para que somente eu escutasse
Luan: - Pode deixar sogrinha. - beijei seu rosto
Cumprimentei Roberto e Vera, padrasto e madrasta de Duda e por último vinha seu Pedro. Seu olhar sobre mim era de extrema análise, e me senti um garoto conhecendo o pai da primeira namorada, o que de fato, quase era.
Luan: - Seja bem vindo a minha casa seu Pedro. - disse erguendo a mão para ele que á apertou de jeito firme
Sem dizer uma palavra meu sogro apenas assentiu pegando na mão da sua mulher novamente.
Rober: - Vamos entrar gente! - me salvou meu amigo me empurrando da porta e deixando o clima mais ameno
Vera: - Você não ia sair menino? Não se importe com a gente, pode ir. - sorriu amigavel
Luan: - Na verdade eu estava indo atrás de vocês. - cocei a nuca sorrindo sem graça quando os quatro me olharam - Vocês sabem, Duda ta grávida, sensível... assim como ela eu queria vocês aqui. - murmurei sentindo meu rosto queimar. Puta merda Luan, ficar vermelho depois de velho é tão patético!
Rober: - A casa não é minha, mas eu levo vocês até onde vamos ficar. - salvou-me mais uma vez fazendo caminho até onde Laís, Duda e minha irmã estavam
Ia os seguindo quando ouvi uma voz da escada. Meu pai descia com Arthur no colo me chamando.
Amarildo: - Sua mãe está te chamando.
Luan: - Será que ela vai descer? - perguntei esperançoso
Amarildo: - Ela fez a janta toda. - deu de ombros - Não é possível que vai fazer isso!
Suspirei e me aproximei, beijei a testa do Arthur e subi até o quarto da minha mãe. A porta estava entreaberta e eu dei duas batidinhas antes de entrar. Senti meu peito todo se encher de um alívio gigante ao vê-la toda arrumada em um vestido floral, se olhando no espelho.
Luan: - Tá gata Xumba! - falei fechando a porta cuidadosamente
Quando minha mãe virou para me encarar, senti todo o meu alívio sumir ao ver sua carinha de choro.
Luan: - Mãe... - me aproximei e ela fez o mesmo
Marizete: - Sh..! - colocou o dedo sobre meus lábios - Não fala nada filho. É a minha vez! - engoli em seco a encarando. Tirando o dedo dos meus lábios, com aquele jeitinho que só mãe tem á senti percorrer toda a minha barba - Você cresceu tanto meu menino, tá tão homem! - falou chorosa. Fiz menção em responder e desisti - Eu sei que sempre foi seu sonho, mas sinto tanto por ficar tão longe de você! Mal vi você virar de um menino pra um homem Lu, e acho que foi por isso todas as minhas bobagens!
Luan: - Mãe, você não fez nenhuma bobagem. - falei carinhoso, beijando a palma da sua mão antes de colocá-a sobre meu coração - Sou um homem mãe, mas aqui - pressionei sua mão - Aqui ainda é o mesmo coração do seu menino lá de Campo Grande que daria e dá a vida por você!
Marizete: - Me desculpa! Me desculpa por tudo filho. - acariciou meu peito - Acho que tive ciúme. Ciúme de ver meu filho virando homem e outra mulher virar dona do seu coração. É coisa de mãe sabe? Não sei como evitar. - assenti fazendo carinho em seu rosto - Eu fui tão errada filho. Eu tô morrendo de vergonha da Duda! - assumiu fazendo meu coração apertar. Apesar da idade, minha mãe ainda era uma menininha, e as vezes parecia tão ingênua com o mundo que eu tinha vontade de á colocar num potinho a protegendo de tudo
Luan: - Não precisa Xumba! - a puxei para um abraço, firmando meu queixo no topo da sua cabeça,- A Duda também é mãe, é claro que ela vai te entender. A senhora errou, como todo mundo erra, e tá admitindo isso. Não pira mamusca, isso acontece nas melhores famílias! - ri de leve
Marizete: - Não é tão simples Lu, - me encarou - Você não vê o tamanho do meu erro?
Enxuguei as lágrimas da minha mãe sorrindo de lado.
Luan: - É. tudo muito simples! Vocês mulheres que complicam! Agora para de choro, cê ta ai toda linda, e ta cheio de gente lá em baixo, inclusive meu sogro querendo arrancar minhas bolas!
Marizete: - Luan! - bateu-me rindo de leve - Diz pra Duda que quero conversar em particular com ela depois.
Luan: - Mãe... - gemi
Marizete: - Ela merece meu pedido de desculpas filho!
Suspirei assentindo. Xumba era muito certinha para deixar isso passar.
Esperei ela passar seu perfume e desci abraçado com ela, que agora já tinha um sorriso genuíno no rosto. Como eu amava essa mulher.
Me sentia completo e feliz agora, e isso durou um certo momento... Para ser mais exato, até pisar na cozinha a ver Duda chorando. O motivo eu não sabia, mas já suspeitava ser alguma grosseria do seu pai, e mesmo sem saber, meu corpo todo já se transbordou em raiva. Sabia que aquele jantar não daria certo!
Duda: - Será que eles vão ao jantar? - perguntei entrando em meu novo escritório.
Laís: - Com toda certeza. Eles vão ceder, relaxa. Eles e a Marizete também.
Duda: - Tomara. - suspirei - Pega um café pra mim?
Laís: - Pego. Seu celular ta vibrando na bolsa.
Laís saiu da minha sala e eu peguei meu celular, era Luan perguntando como eu e Arthur estávamos. Conversamos rápido e me despedi dele quando Laís trouxe meu café.
Duda: - Por que você não muda pra São Paulo?! Trabalha aqui, por favor! - pedi quase implorando. Laís trabalharia comigo, mas de Campo Grande, faria tudo a distância.
Laís: - Se eu vir, o Rober vai querer que eu more com ele. Não quero isso, a gente tá junto á tão pouco tempo.
Duda: - Então explica pra ele que você vem, mas que quer seu canto. Eu vou precisar de você quando a gravidez avançar.
Laís: - Alguém precisa continuar levando o nome do seu pai lá em Campo Grande!
Duda: - A gente dá conta de conciliar as duas coisas com você aqui.
Laís: - Eu vou pensar. Ano que vem, quem sabe.
Duda: - É muita coisa! - fiz careta.
Laís: - Sei que você não vive sem mim, mas já disse, vou vir te ver sempre, ainda mais agora que tá grávida. Você tem a Bruna aqui, não precisa de mim. - fez drama
Duda: - Para! Você sabe que ninguém te substitui!
Laís: - Não é o que parece!
Duda: - Larga de bobeira Laizinha! - ri saindo da minha mesa e indo a abraçar
Laís: - Nem me dá moral mais, - fez bico
Duda: - Dou! E tenho um convite pra te fazer que não fiz pra ninguém ainda. Assim você para de drama? - ri a esmagando
Laís: - Me larga e eu posso pensar!
Duda: - Quero que você seja a minha madrinha de casamento. Ainda não falei com o Luan, mas com certeza ele quer o Rober com você!
Laís: - Achei que não ia me chamar mais rapariga! - esmagou-me rindo - Pra quando é?
Duda: - Vai depender de uma coisa. - corei voltando pra minha cadeira
Laís: - Que coisa? - riu desconfiada
Contei da minha aposta com Luan pra Laís á fazendo me zoar sem parar. A tarde passou rápido, e eu estava extremamente feliz por voltar a exercer minha profissão.
A noite chegou e com ela meu nervosismo também. Não havia visto meus pais, e se quer sabia se eles iriam a esse jantar, e também não sabia o que esperar vindo de Marizete. Pelos áudios que troque com Luan, ele estava tão tenso como eu.
Laís: - Tem certeza que não fica chato eu e o Rober ir? É um jantar de família!
Duda: - Vocês são uma família pra gente! E o Luan convidou o Heman também. O Breno vai e com certeza o Caio também. O Marquinhos se não me engano chega hoje também. - falei enquanto passava um batom
Laís: - É quase um churrasco! - riu - Não fica chato o clima? Você sabe, o Marquinho e eu...
Duda: - Não fica. Ele nem o Rober tem coisa com isso. Relaxa. Esse vestido ta mesmo bom? - perguntei me virando pra ela com um vestidinho preto colado em cima e rodado em baixo
Laís: - Ta ótimo, sua barriguinha ta linda! Mas não muda de assunto, não quero ficar sobrando na mesa.
Duda: - Não vai! Você acha que meus pais vão? - perguntei passando o batom
Laís: - Seu padrasto ta todo arrumado, e sua madrasta no banho. Então sim, provavelmente eles vão. Quanta gente! Será que tem comida pra isso tudo?
Duda: - Tem. - ri - Não tem miséria de comida nunca com dona Marizete! - admiti sorrindo - E tô torcendo pra ela fazer daquela pizza de peixe que o Luan gosta. Ando sonhando com ela!
Laís: -Você falando assim deu atá água na boca. - sorriu
Terminei de me arrumar dentro de alguns minutos, Arthur estava com Rober já pronto jogando cartas, e tive que rir da cena onde Rober insistia em dizer que meu filho estava trapaceando.
Arthur: - Eu sou uma criança cara, você tem que me deixar ganhar! Não é mãe?
Duda: - Eu não sei de nada. - ri e olhei ansiosa para a escada. Já estavamos cerca de 10 minutos atrasados e até agora nem meu pai nem minha mãe havia descido para nos acompanhar até a casa de Luan
Rober: - Relaxa Duda. Tá na nossa hora, vamos? - olhei hesitante de novo para a escada e senti a mão de meu amigo sobre meu ombro - Eles sabem o caminho. Não vamos nos atrasas mais não é mesmo?
Suspirando eu assenti. Ajeitei a gola da blusa de Arthur e peguei em sua mão enquanto iamos os quatro para o carro. Rober quis ir dirigindo, e ao eu entrar no banco de trás com meu filho, dei uma última olhada nas janelas dos quartos de hóspedes onde ambos estavam. Apenas a da minha mãe estava acesa, e no fundo eu estava decepcionada por nem mesmo ela fazer questão de ir.
Tirei esses pensamentos da minha mente quando senti Arthur colocar a cabeça sobre minha barriga e começar a conversar com a irmazinha. Aquele foi um dos momentos mais encantadores da minha gravidez, e se quer percebi o quão rápido foi o trajeto até a casa de Luan.
Rober: - Respira Dudinha! Até parece que vai conhecer agora os pais do Luan! - zoou
Duda: - Só não sei o que esperar vindo da minha querida sogra. - falei me tom de ironia
Rober: - Mari é um doce, e sabe adimitir quando esta errada. - sorriu tranquilizador. - Bora? Tô morrendo de fome!
Descemos do carro e Laís me deu seu braço como apoio. Rober, mais de casa do que nunca foi o primeiro a entrar quando Rita, a empregada nos abriu a porta.
Rita: - Você ta linda Duda! Essa barriguinha ta cada vez maior!
Duda: - Obrigado Ritinha! - a abracei sorrindo
Rita: - Até você me chamando assim? Luan me paga! - disse quase brava me fazendo rir
Assim que cruzei a sala vazia, a primeira pessoa que vi foi Amarildo, que fez questão de me abracar e brincar com minha barriga carinhosamente antes de pegar Arthur no colo lhe dizendo ter que mostrar algo e sumindo escadas acima. Ao chegar na áera onde Luan costumava fazer seus churrascos, a grande mesa de madeira estava toda coberta por sacolas de lojas enquanto ele e Bruna riam de algo.
Laís: - Natal chegou mais cedo? - perguntou rindo e se aproximando para cumprimentá-los
Luan: - Nada. Isso é só os trem de loja que eu e a Bruna recebeu esses dias. - riu erguendo o rosto de uma touca que ele analisava - Uau. Ta querendo me matar loira? - fez graça sorrindo pra mim
Revirei os olhos e me aproximei dele ganhando um selinho casto.
Luan: - Olha só amor! - puxou uma cadeira empolgado. Sobre ela estava uma pilha de roupas de bebê, e meus olhos quase brilharam ao começar a vê-las - Uma loja mandou isso e mais uma caixa com coisas pro quartinho!
Bruna: - Eu tô louca pra abrir, mas o Pi não quer deixar. - reclamou - Olha esse cunha. - ergueu um vestidinho minúsculo de oncinha
Duda: - Meu Deus! Que coisa mais linda! - sorri largo encantada
*Luan Narrando
Os olhos de Duda brilhavam com uma intensidade inebriante enquanto ela olhava as dezenas de coisinhas para bebê que nos enviaram. Era uma coisa mais linda que a outra, porém, mais bonito do que tudo isso era a felicidade estampada naqueles olhos verdes lindo. Tive vontade de esmagá-la naquele momento e beija-la até minha boca doer de tão linda que ela estava.
Olhei ao redor e somente Rober e Laís vieram com ela. Estremeci. Seus pais não podiam lhe fazer essa desfeita!
Rober: - Marquinhos não veio hoje boi?
Olhei-o e naquele instante tive uma idéia louca.
Luan: - Veio, aliás, ta na hora de pegar ele no aero. Vamos lá cara?
Duda, minha irmã ou Laís nem ligaram, estavam todas babando nas roupinhas da minha filha. Eu não tinha nada que buscar Marquinhos, pelo contrário, o voo dele chegaria de madrugada e ele viria de Uber, porém eu iria até a casa de Duda e arrastaria seus pais nem que sejam a força até aqui. Minha determinação para isso estava em seu maior nível até eu abrir a porta da minha casa e ver um carro estacionando ali em frente.
Rober: - Vai cara! - empurrou-me da porta
Luan: - Não precisa mais. Eles vieram. - falei sentindo todo meu corpo ficar tenso
Rober me olhou confuso e de forma rápida lhe contei o que realmente estava acontecendo.
Rober: - E agora vai ficar ai com cara de taxo?
Luan: - Seu Pedro quer me ver sem as bolas cara. - sussurrei ao vê-lo descer do carro com a madrasta de Duda
Rober: - Pelo menos a mãe dela parece feliz. - deu de ombros e eu olhei minha sogra e seu atual marido. A vi sorrir pra mim de longe e tentei ficar mais calmo. Queria permanecer com minhas bolas e a pele da minha unha até o fim do jantar!
Dona Ana foi a primeira e chegar até a mim me abraçando de forma gentil.
Ana: - Não nos decepcione garoto! - disse para que somente eu escutasse
Luan: - Pode deixar sogrinha. - beijei seu rosto
Cumprimentei Roberto e Vera, padrasto e madrasta de Duda e por último vinha seu Pedro. Seu olhar sobre mim era de extrema análise, e me senti um garoto conhecendo o pai da primeira namorada, o que de fato, quase era.
Luan: - Seja bem vindo a minha casa seu Pedro. - disse erguendo a mão para ele que á apertou de jeito firme
Sem dizer uma palavra meu sogro apenas assentiu pegando na mão da sua mulher novamente.
Rober: - Vamos entrar gente! - me salvou meu amigo me empurrando da porta e deixando o clima mais ameno
Vera: - Você não ia sair menino? Não se importe com a gente, pode ir. - sorriu amigavel
Luan: - Na verdade eu estava indo atrás de vocês. - cocei a nuca sorrindo sem graça quando os quatro me olharam - Vocês sabem, Duda ta grávida, sensível... assim como ela eu queria vocês aqui. - murmurei sentindo meu rosto queimar. Puta merda Luan, ficar vermelho depois de velho é tão patético!
Rober: - A casa não é minha, mas eu levo vocês até onde vamos ficar. - salvou-me mais uma vez fazendo caminho até onde Laís, Duda e minha irmã estavam
Ia os seguindo quando ouvi uma voz da escada. Meu pai descia com Arthur no colo me chamando.
Amarildo: - Sua mãe está te chamando.
Luan: - Será que ela vai descer? - perguntei esperançoso
Amarildo: - Ela fez a janta toda. - deu de ombros - Não é possível que vai fazer isso!
Suspirei e me aproximei, beijei a testa do Arthur e subi até o quarto da minha mãe. A porta estava entreaberta e eu dei duas batidinhas antes de entrar. Senti meu peito todo se encher de um alívio gigante ao vê-la toda arrumada em um vestido floral, se olhando no espelho.
Luan: - Tá gata Xumba! - falei fechando a porta cuidadosamente
Quando minha mãe virou para me encarar, senti todo o meu alívio sumir ao ver sua carinha de choro.
Luan: - Mãe... - me aproximei e ela fez o mesmo
Marizete: - Sh..! - colocou o dedo sobre meus lábios - Não fala nada filho. É a minha vez! - engoli em seco a encarando. Tirando o dedo dos meus lábios, com aquele jeitinho que só mãe tem á senti percorrer toda a minha barba - Você cresceu tanto meu menino, tá tão homem! - falou chorosa. Fiz menção em responder e desisti - Eu sei que sempre foi seu sonho, mas sinto tanto por ficar tão longe de você! Mal vi você virar de um menino pra um homem Lu, e acho que foi por isso todas as minhas bobagens!
Luan: - Mãe, você não fez nenhuma bobagem. - falei carinhoso, beijando a palma da sua mão antes de colocá-a sobre meu coração - Sou um homem mãe, mas aqui - pressionei sua mão - Aqui ainda é o mesmo coração do seu menino lá de Campo Grande que daria e dá a vida por você!
Marizete: - Me desculpa! Me desculpa por tudo filho. - acariciou meu peito - Acho que tive ciúme. Ciúme de ver meu filho virando homem e outra mulher virar dona do seu coração. É coisa de mãe sabe? Não sei como evitar. - assenti fazendo carinho em seu rosto - Eu fui tão errada filho. Eu tô morrendo de vergonha da Duda! - assumiu fazendo meu coração apertar. Apesar da idade, minha mãe ainda era uma menininha, e as vezes parecia tão ingênua com o mundo que eu tinha vontade de á colocar num potinho a protegendo de tudo
Luan: - Não precisa Xumba! - a puxei para um abraço, firmando meu queixo no topo da sua cabeça,- A Duda também é mãe, é claro que ela vai te entender. A senhora errou, como todo mundo erra, e tá admitindo isso. Não pira mamusca, isso acontece nas melhores famílias! - ri de leve
Marizete: - Não é tão simples Lu, - me encarou - Você não vê o tamanho do meu erro?
Enxuguei as lágrimas da minha mãe sorrindo de lado.
Luan: - É. tudo muito simples! Vocês mulheres que complicam! Agora para de choro, cê ta ai toda linda, e ta cheio de gente lá em baixo, inclusive meu sogro querendo arrancar minhas bolas!
Marizete: - Luan! - bateu-me rindo de leve - Diz pra Duda que quero conversar em particular com ela depois.
Luan: - Mãe... - gemi
Marizete: - Ela merece meu pedido de desculpas filho!
Suspirei assentindo. Xumba era muito certinha para deixar isso passar.
Esperei ela passar seu perfume e desci abraçado com ela, que agora já tinha um sorriso genuíno no rosto. Como eu amava essa mulher.
Me sentia completo e feliz agora, e isso durou um certo momento... Para ser mais exato, até pisar na cozinha a ver Duda chorando. O motivo eu não sabia, mas já suspeitava ser alguma grosseria do seu pai, e mesmo sem saber, meu corpo todo já se transbordou em raiva. Sabia que aquele jantar não daria certo!
Dona Marizete caiu na real finalmente
ResponderExcluirAté q enfim dona Marizete caiu na real, e agora meu Deus oq aconteceu VC VOLTOU Q SDD EU TAVA ❤❤❤❤
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