235 - Bom Momento

Já estávamos na churrascaria á qual iriamos almoçar. Em nossa mesa, discretos, a atenção de Duda toda voltada ao celular começava a me deixar com medo. Segundo Duda, Laís ficou sabendo da traição por uma direct no insta... para a minha sorte a moça se quer citou meu nome, mas eu começava a ficar com medo ao vê-la tão concentrada naquele aparelho.

Luan: - O que você tanto mexe nesse celular? – questionei impaciente

Duda: - Estava conversando com a Laís e agora tô postando uma foto. – sorriu piscando antes de tomar um gole pequeno do meu chopp, já que ela havia pedido um suco pra ela

Luan: - Deixa isso quieto. Depois você mexe.

Duda: - Tudo bem. Ficou bom?


Tirei a mão de Nic do meu nariz e olhei a tela de seu celular apontada para mim com a sua postagem.


“Enfim na nossa casinha

Luan: - Ficou boa. Agora esquece isso.

Não deixei ela dizer nada e peguei seu celular o colocando em meu bolso.

Luan: - Como a Laís tá? – perguntei preocupado

Duda: - Arrasada né? Rober pisou feio na bola com ela, e o pior é que ele nem dá um tempo pra ela respirar. Não para de tentar contato... você bem que podia conversar com ele.

Luan: - É... – suspirei

Duda: - Sabe com o que eu fico extremamente chateada? Ela ia morar com ele amor! Ele insistiu tanto, e quando ela se resolveu ele faz isso! Não esperava que ele fosse esse tipo de homem, sem caráter, sem palavra...

Luan: - Mas a gente tem que ver os dois lados da história amor. As vezes...

Duda: - Você não tá defendendo, tá? – olhou-me indignada

Luan: - Não! Só tô dizendo que as vezes as coisas estivessem complicadas pro Rober. A Laís tava deixando ele uma pilha de nervos com esse aniversário!

Duda: - E isso é motivo pra traição Luan? Não estou te reconhecendo! Quer dizer então que quando você ficar...

Luan: - Não! Olha, não vamos entrar nesse assunto, vamos almoçar em paz.

Duda: - Vou chamar o Arthur. – murmurou séria se levantando da mesa

Suspirei ao vê-la ir até o playground onde estava nosso filho. Nic deu um risinho pra mim e por alguns minutos esqueci todos os meus problemas.

Arthur: - A mamãe tá linda né pai? – perguntou enquanto almoçávamos.

Luan: - Tá sim. – observei ela que dava a papinha de Nic enquanto tentava comer.

Arthur: - O tio do escorregador achou que ela era a minha irmã. – riu de leve

Olhei pro rumo do playground e vi que os rapazes que ali trabalhavam não passavam de adolescentes. Ri de lado e neguei com a cabeça.

Luan: - Ela tem que parar de usar esses vestidinhos né? – encarei meu filho

Arthur: - Ela fica bonita.

Luan: - Mas é curto.

Arthur: - Pelo menos não mostra a calcinha como o da Nic.

Duda: - Ei, estamos aqui!

Ri junto com meu filho e voltamos a comer. Duas moças se aproximaram pedindo foto e eu ás atendi prontamente. Comemos a sobremesa e ficamos mais bons minutos ali curtindo o momento em família. Quando entramos no carro, Arthur pediu que nós o levássemos a praia. Apesar de morarmos no Rio, nenhum de nós havíamos de fato ido até lá.

Atendi ao pedido do meu filho e voltamos para nossa casa para pegarmos nossas roupas de banho. 

Enquanto Duda o fazia eu pesquisava na internet a praia mais tranquila que eu pudesse ir sem ser parado por fãs a cada cinco minutos.

Peguei Nicole para que Duda pudesse se trocar e sentei no sofá, tirando algumas fotos da minha pequena.

Duda: - Tô pronta, vamos?

Olhei para trás e engoli em seco ao vê-la se aproximando. Duda estava vestida como a muito tempo não se vestia: shortinho  e blusinha curta, cabelo amarrado e o óculos de horas antes. Ela parecia bem mais jovem assim, e não a mãe de dois filhos.

Luan: - Não vai por biquíni? – perguntei ao ver somente a marquinha de seu bronze

Duda: - Só depois que eu amamentar a Nic. Ta vazando muito.

Olhei confuso pra ela, mas assenti.

Luan: - Você ta diferente. – comentei entrelaçando nossos dedos, já dentro de elevador

Duda: - Faz tempo que não me visto assim né? – riu – Mas hoje tá muito quente!

Luan: - Eu que o diga. – olhei sua bunda empinada e ela riu

Arthur: - Pai, você pode alugar um daqueles barcos chiques?

Duda: - É lancha amor. – o corrigiu

Arthur: - É. Você pode pai?

Luan: - Vou ver o que consigo. – pisquei pra ele

Descemos na garagem e entramos no carro da Duda, era mais espaçoso. Ela quis dirigir, e eu não me opus enquanto tentava atender ao pedido do meu filho de alugar uma lancha. Só queria uma tarde tranquila em família sem o problema Rober e Laís na minha cabeça, já sabia o problemão que eu arrumaria ao contar toda a verdade para Duda mais tarde.

Arthur: - Eu quero ir pra Disney de presente de Natal. – disse alto me fazendo voltar a realidade. Ri e me virei para trás encarando ele que estava elétrico ao contrário da irmã que dormia

Luan: - De novo cara?

Arthur: - Daquela vez foi de aniversário.

Duda: - E eu nem fui.- riu

Luan: - Você quer ir? – olhei surpreso pra ela

Duda: - Nunca fui á Disney. – deu de ombros

Luan: - Lá é mágico! Vou levar vocês. – prometi

Duda: - Então já temos destino para as nossas férias?

Luan: - Ainda quero fazer o mochilão. – ri

Duda: - A Nic ainda é pequena amor.

Luan: - Fazemos uma mini lua de mel nós dois. – apertei sua coxa

Arthur: - Lá vai vocês me excluírem das coisas...

Rimos e planejamos nossas férias até chegarmos ao nosso destino. Duda e as crianças ficaram no carro enquanto eu alocava uma lancha. Escolhi a melhor que tinha ali, e fiz a nota mental de pedir Duda para providenciar a compra de uma para nós.


Arthur: - É incrível! Eu quero morar aqui!  - disse entrando no pequeno quarto

Luan: - Vou te ensinar a dirigir isso cara.

Duda: - Não inventa amor. – pediu sentando-se com Nic

[...]

*Duda Narrando

Era cerca das três horas da tarde e eu já havia perdido as contas de quantos quase infartos eu já havia tido. Estávamos parados no meio do nada com a lancha, e Luan louco como era estava na água com o filho. Mesmo que Arthur estivessem de colete, meu coração ficava apertado de medo só de imaginar a fundura e o que poderia ter ali, sem contar que o cabeça dura do meu marido estava sem proteção alguma. Nicole, ao contrário de mim, estava amando o passeio, e todo o balançar das ondinhas á fizeram ficar sonolenta por todo o tempo.

Arthur: - A água tá tão gostosa mãe.

Duda: - Cuidado Arthur, cuidado! – pedi aflita ao ver ele nadando

Luan: - Relaxa, eu tô aqui! – riu

Duda: - E se tiver um tubarão aqui?

Luan: - Não tem! – riu

Duda: - E se tiver? Eu não sei dirigir esse  troço de volta pra areia!

Luan riu em resposta, e de tanto eu insistir ele e Arthur voltaram para a lancha após me matarem de medo por horas.

Luan: - Você é muito medrosa. – riu enquanto se secava

Duda: - Vocês que se acham um peixe.

Arthur: - E somos.

Revirei os olhos para Arthur e ele se sentou ao meu lado, enrolado na toalha.

Luan e o filho, famintos começaram a comer os petiscos que haviam ali.

Arthur: - Eu vou deitar um pouco naquele quartinho. – avisou bocejando

Assenti e Luan ocupou o lugar ao meu lado, passando os braços pelo meu assento.

Luan: - Ela tá muito dorminhoca hoje. – disse analisando a filha

Duda: - Um ventinho desse com esse balanço? – ri – Até eu dormiria se não estivesse com tanto medo. – deitei a cabeça em seu ombro

Luan: - Não confia em mim? Tenho carteirinha pra tudo loira. Nadar, mergulhar, dirigir isso aqui...
Ri assentindo e suspirei sentindo seu cheiro agora salgado da água do mar.

Luan: - Tava com vontade disso á tempos.  – comentou com um suspiro

Duda: - Vir a praia?

Luan: - Não. Passar um tempo gostoso assim, na calmaria, só nós quatro.

Duda: - Eu também. – beijei seu ombro e ele colocou uma das pernas no meu colo e a outra atrás das minhas costas, me prendendo ali.

Luan: - Coloca ela no trocinho. – pediu olhando o bebê conforto ao lado do meu pé.

Ri e mesmo um pouco receosa coloquei ela ali. Luan se aproximou e me beijou. Ficamos namorando ali por longos minutos.

Luan: - Tô com vontade de você. – murmurou em meus lábios.

Duda: - Eu também. – mordi seu lábio – Mas não podemos agora. – olhei Nic tão próxima e Luan riu em meu pescoço

Luan: - Li sobre uma posição nova esses dias. Vamos experimentar mais tarde? – perguntou em um sussurro quente em meu ouvido. Assenti e ele mordeu a pele do  meu pescoço

Duda: - Chegando em casa eu vou te dar um banho. – passei a mão por seus ombros e costas – e vou te deixar limpinho. – falei maliciosa e ele riu, me apertando mais contra ele. Sua ereção já mais que presente

Luan: - Não sei onde eu tava com a cabeça em te negar ontem.

Duda: - Também queria saber. – o olhei – Você merecia um castigo sabia? Não aprendeu ainda que não se deve negar fogo á uma mulher? – perguntei encarando seus lábios

Luan: - Vai voltar a usar seu batom? – riu passando o dedo entre meus seios

Duda: - Não. Quero brinquedos novos agora.

Luan parou o que fazia e me olhou assustado, ri e o abracei pelo pescoço, sabendo sua aversão por esse tipo de coisas.

Luan; - Com uma condição...

Olhei incrédula pra ele. Luan estaria mesmo “deixando”?

Duda: - Qual?

Luan: - Você me deixar participar de todas essas brincadeiras suas da forma que eu quiser.

Olhei pra ele sentindo todo meu corpo se aquecer. Luan me surpreenderá com sua condição.  E logo eu já estava mais excitada que ele até.

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